Batismo

Temos que ter em mente que o batismo significa o recomeço o acordar para a religião em que você se propõem a seguir e a adorar.

Sabemos que o Batismo é algo sagrado e imutável tão sagrado que em nossa Comunidade é reconhecido que o primeiro Batismo na Umbanda será sempre o seu primeiro o seu laço com suas entidades, mas alem do Batismo também temos a cerimonia de confirmação que é a que fortalece esse laço da mesma forma que a primeira, se escolhe um ou mais padrinhos e madrinhas para tal cerimonia que serão testemunhas encarnadas alem do Guia Chefe que irá presenciar tal acontecimento.

Alguns preceitos devem ser seguidos para que possamos estar preparados de corpo e alma para tal cerimonia.

• Na semana anterior a do dia do batismo 7 dias antes devemos acender um vela de sete dias para Oxalá para que nos prepare para a cerimonia e ilumine nosso Ori (cabeça);

• Durante a semana deve-se evitar ambientes carregados e uso de roupas escuras, sempre pense em coisas agradáveis e alegres faça dessa semana a sua melhor semana.

• Devemos nos sete dias anteriores ao do Batismo tomar banho de Tapete de Oxalá (boldo) de cabeça e corpo para mantermos o equilíbrio do espírito.

• No dia da cerimonia devemos providenciar uma Toalha Branca sem desenhos ou estampas, caso saiba seu Orixá de cabeça é permitido colocar fita da cor do Orixá * (conforme cores designadas pelo primado de Umbanda ) sem exageros essa toalha não é usado nas giras apenas nos trabalhos de Cachoeira e Praia.

• No dia da cerimonia devemos providenciar uma Vela Branca simples de Batismo.

LOCAIS PARA A PRÁTICA DO BATISMO.
 
O ritual pode ser praticado dentro do próprio terreiro como também na cachoeira, local de maior vibração de Mãe Oxum, mãe e protetora de todos os filhos de Umbanda e senhora das águas doces.
Em alguns terreiros, por orientação do Chefe da Casa, o batismo pode também ocorrer na praia, sendo então os filhos consagrados a Iemanjá.

Orientação aos padrinhos e aos pais

Ser padrinho é assumir perante Pai Olorum e Pai Oxalá o compromisso de segundo pai e segunda mãe, prometendo cuidar de seu(sua) afilhado(a) sempre que necessário.
A vela batismal será levada para casa e guardada pela mãe. Essa vela é símbolo da Luz Divina e deve ser acesa (apenas quando necessário), posta sobre a cabeça da criança e, de preferência, às suas costas. Se houver algum problema de causa desconhecida com a criança, acender a vela e elevá-la sobre a sua cabeça. O campo imantador da própria criança começará a se abrir e a criar a proteção e a limpeza necessárias.

Batismo de Médium

 

O batismo é um acolhimento dos filhos de fé. É um sacramento indispensável para a pessoa ter vida religiosa plena. É uma iniciação. Cada religião tem uma hierarquia divina: anjos, arcanjos, querubins, devas… Na Umbanda temos a hierarquia dos Orixás. O batismo é, portanto, uma apresentação às divindades da Umbanda, para que enviem as suas vibrações ao espírito encarnado e assim ele passe a receber a proteção dos Orixás. O espírito e o mental do batizando passam a ser amoldados sutilmente na nova egrégora, na nova religião, revestidos com uma aura protetora divina.

Os Padrinhos e Madrinhas

Os Padrinhos Espirituais – Orixás- assumem o amparo divino do afilhado, juntamento com o Orixá de frente e o Orixá juntó.
Os Padrinhos Encarnados – assumem a responsabilidade de serem orientadores do(a) afilhado (a) na Umbanda juntamente com a sacerdote (isa).

O Significado do Ato Ritualístico:

A PEMBA BRANCA – Representa Oxalá nosso grande Orixá, divindade sincretizada por nós como Jesus Cristo no qual foi crucificado e com essa pemba é que seremos cruzados confirmando com este símbolo sinal cristão, da acolhida deste filho à Família de Almas de Angola (SARAVÁ PAI Oxalá) 
 
O INCENSO: Representa a energias de proteção e de irradiação luminosa. Nela pedimos a Iansã senhora dos ventos que leve o aroma das sagradas ervas a todos o lugares que andastes o protegendo de todo o mal e ultrapassando as dificuldades da vida. (SARAVÁ Iansã) 
 
O SAL: Em nome de Ogum senhor dos caminhos e das batalhas o sal que representa a proteção que lhe será dada durante sua vida pelo plano espiritual; representa ainda a terra e sua prosperidade e o crescimento de suas plantações interiores; a preservação da vida; (SARAVÁ Ogum) 
 
O FOGO (A VELA DO BATISMO): Representa Xangô Senhor do Som e da Justiça Divina essa chama de justiça acendera em seu coração na proteção dos menos aflitos o testemunho dos presentes à sua nova vida dentro dos princípios Cristãos de Almas de Angola, representa ainda a luz interior de cada um de nós, luz a ser desvelada para que cheguemos a Oxalá. (SARAVÁ Xangô) 
 
O ÓLEO : Nesse domínio reina Oxossi Senhor das Matas Guardião de Nossa Comunidade, sobre a ordem do Orixá que reina nossa Casa. Cuja unção significa as bênçãos do PAI sobre seu FILHOS . A consagração desses filhos às entidades de Almas de Angola e a sua distinção entre os homens. Pois a partir de agora eles são membros da Grande Família Universal Umbandista. (SARAVÁ OXOSSI) 
 
A ÁGUA: Nesse domínio reina Iemanjá, Oxum e Nanã senhora das águas sagradas, que são as grandes Mães geradoras onde tudo é criado. Diante dessa cachoeira limpe as impureza que tenhas e prepare seu coração durante sua jornada te tornando digno de ser Umbandista pois a aguá é a purificação do Espírito, Mente e Corpo. (SARAVÁ Oxum, SARAVÁ Iemanjá, SARAVÁ Nanã). 
 
E Finalmente a Obaluâie a bondade e o carinho dos teus velhos espíritos venha a doutrinar esse filho no caminho do bem e da responsabilidade com ele pedimos aos padrinhos que intercedam sempre em tudo o que achares errados em seu filho no decorrer dessa nova caminhada. (SARAVÁ). 

Cigana Esmeralda

A cigana Esmeralda é de uma benevolência profunda, protege as pessoas que fazem trabalhos voluntários e que são voltadas para a caridade.

Sempre pronta a ajudar aqueles que são excluídos e oprimidos na sociedade.
Seus médiuns são pessoas muito especiais, que devem seguir o caminho da caridade, evitando à todo custo a ganância e a frivolidade.
Esmeralda recebeu esse nome devido à riqueza que sua gestação significou para seus pais e à sua beleza.
Trabalha com velas verdes, ervas, pedras verdes, maçãs verdes, uvas verdes, peras,  incensos, água, vinho branco e rosas brancas.
Recebe suas oferendas em bosques ou parques bem cuidados.
Sua magia é muito voltada para a saúde.
Protetora da fartura de alimentos, é feiticeira de comida, das que fazem feitiços que são comidos, para vários tipos de objetivos.
Esmeralda é natural de Évora, em Portugal.
Viajou por toda Europa, aprendendo pratos e aperfeiçoando suas magias.
As magias de Esmeralda são douradouras e quando chega geralmente tem banquetes, por sua vez é ela mesma quem faz.
É eximia usuaria de tachos (panelas de cobre) e facas, com as quais destricha, corta e cozinha.
Para ela é indisponivel a colher de pau e a faca aflatada com bainha, que carrega em sua bolsa para caso de necessidade.
É festeira, risonha, matrona, mandona e não aceita NÃO como resposta. Grande doceira da magia cigana, é perigosa e deve ser tratada com muito amor e cuidado.
 
 
MAGIA DE CIGANA ESMERALDA PARA PROSPERIDADE E FARTURA
Faça um Pote para que não falta nada em sua casa.
Uma bomboneira pequena e coloque dentro um pouco de cada deste grão e sementes.
Ervilha, lentilha, Arroz com casca, Amendoim, Grão-de-bico e trigo em grão.
Coloque por cima três moedas atuais, com o valor variado para cima, e um quartzo-citrino no meio delas.
Deixe energizando por três dias na luz da Lua Crescente, e peça aos grãos que apresentem sua força magica, para que nada lhe falte ao seu lar.
Ponha em um móvel em lugar alto, como se fosse um bebelô.
Assim fazendo esteja certo (a) de que nunca faltarão alimentos no seu lar.

 

Cigana Damira

Conta a tradição que, certa vez, uma cigana sentada em uma grande almofada colorida, no interior de sua tenda, quando em sua frente formou-se um clarão azul-celeste.
Deste clarão, surgiu a imagem de uma linda mulher, sem características de cigana, mas parecendo uma daquelas deusas da mitologia grega.
A mulher usava uma longa túnica e um véu que cobria seu nariz e sua boca, deixando descoberto somente seus grandes olhos negros.
A linda mulher começou a falar com a cigana, usando um dialeto que ela desconhecia, mas que sua mente captava e transformava em uma mensagem:
“A partir de agora, cigana, você usará pedras em suas magias. Bem perto daqui, existe uma gruta repleta de pedras. Vá até lá e apanhe muitas pedras coloridas”.
 
Em seguida, o clarão se desfez, levando consigo a imagem da mulher.
A cigana ficou muito assustada com tudo que acontecera, principalmente porque pedras não faziam parte dos rituais de seu povo.
Levantou-se e foi caminhar pelos montes, onde existia uma cachoeira.
De repente, observou que havia uma grande abertura nas rochas da cachoeira, e lembrou da mensagem que ouvira.
 
Caminhou até a rocha, passou pela grande abertura e avistou uma gruta com muitas pedras, todas cheias de pontas e das mais variadas cores.
Até parecia que um arco-íris estava ali, dentro da gruta.
A cigana voltou ao acampamento, apanhou uma candeia para clarear a gruta, que era um pouco escura, e uma ferramenta com que pudesse bater nas pedras e quebrá-las em pequenos pedaços; e foi para a gruta na cachoeira.
Algum tempo mais tarde, saiu da gruta e voltou para o acampamento levando muitas pedras pontiagudas de várias cores; espalhou-as no tapete de sua tenda e começou a admirá-las.
 
As pedras transmitiam uma luz e uma força que a cigana desconhecia.
Nesse momento, apareceu o mesmo clarão com a imagem da linda mulher, e a mente da cigana captou uma nova mensagem:
“Essa será sua nova magia. A magia das pedras e dos cristais. Eu lhe darei a força da Atlântida e você será a primeira mensageira dos cristais do planeta Terra. Com os cristais, você e seu povo farão mentalizações para todas finalidades: curar doenças, atrair sorte e prosperidade no amor e nos negócios, afastar negatividade e muito mais.”
Em seguida o clarão azul e a linda mulher desapareceram.

 

POVOS DE EXU

EM CADA REINO EXISTEM 9 POVOS, SENDO UM TOTAL DE 63 POVOS DE EXU. A SEGUIR OFERECEMOS UMA LISTA COM OS POVOS QUE PERTENCEM A CADA REINO:
 

REINO DAS ENCRUZILHADAS.

 

1) Povo da Encruzilhada da Rua -Chefe Exu Tranca Ruas
2) Povo da Encruzilhada da Lira -Chefe Exu Sete Encruzilhadas
3) Povo da Encruzilhada da Lomba -Chefe Exu das Almas
4) Povo da Encruzilhada dos Trilhos -Chefe Exu Marabô
5) Povo da Encruzilhada da Mata -Chefe Exu Tiriri
6) Povo da Encruzilhada da Calunga -Chefe Exu Veludo
7) Povo da Encruzilhada da Praça – Chefe Exu Morcego
8) Povo da Encruzilhada do Espaço – Chefe Exu Sete Gargalhadas
9) Povo da Encruzilhada da Praia – Chefe Exu Mirim

 
 

REINO DOS CRUZEIROS

 

1) Povo do Cruzeiro da Rua -Chefe Exu Tranca Tudo
2) Povo do Cruzeiro da Praza -Chefe Exu Kirombó
3) Povo do Cruzeiro da Lira -Chefe Exu Sete Cruzeiros
4) Povo do Cruzeiro da Mata -Chefe Exu Mangueira
5) Povo do Cruzeiro da Calunga -Chefe Exu Kaminaloá
6) Povo do Cruzeiro das Almas -Chefe Exu Sete Cruzes
7) Povo do Cruzeiro do Espaço -Chefe Exu 7 Portas
8) Povo do Cruzeiro da Praia -Chefe Exu Meia-Noite
9) Povo do Cruzeiro do Mar -Chefe Exu Calunga (Calunga grande)



REINO DAS MATAS

 

1) Povo das Árvores -Chefe Exu Quebra Galho
2) Povo dos Parques -Chefe Exu das Sombras
3) Povo da Mata da Praia -Chefe Exu das Matas
4) Povo das Campinas -Chefe Exu das Campinas
5) Povo das Serranias -Chefe Exu da Serra Negra
6) Povo das Minas -Chefe Exu Sete Pedras
7) Povo das Cobras -Chefe Exu Sete Cobras
8) Povo das Flores -Chefe Exu do Cheiro
9) Povo da Sementeira -Chefe Exu Arranca Tôco

 

REINO DA CALUNGA

 

1) Povo das Portas da Calunga -Chefe Exu Porteira 2) Povo das Tumbas -Chefe Exu Sete Tumbas 3) Povo das Catacumbas -Chefe Exu Sete Catacumbas 4) Povo dos Fornos -Chefe Exu da Brasa 5) Povo das Caveiras -Chefe Exu Caveira 6) Povo da Mata da Calunga Chefe Exu Calunga (conhecido também como Exu dos Cemitérios) 7) Povo da Lomba da Calunga -Chefe Exu Corcunda 8) Povo das Covas -Chefe Exu Sete Covas 9) Povo das Mirongas e Trevas -Chefe Exu Capa Preta (conhecido também como Exu Mironga)


REINO DAS ALMAS

1) Povo das Almas da Lomba -Chefe Exu 7 Lombas
2) Povo das Almas do Cativeiro -Chefe Exu Pemba
3) Povo das Almas do Velório -Chefe Exu Marabá
4) Povo das Almas dos Hospitais -Chefe Exu Curadô
5) Povo das Almas da Praia -Chefe Exu Giramundo
6) Povo das Almas das Igrejas e Templos -Chefe Exu Nove Luzes
7) Povo das Almas do Mato -Chefe Exu 7 Montanhas
8) Povo das Almas da Calunga -Chefe Exu Tatá Caveira
9) Povo das Almas do Oriente -Chefe Exu 7 Poeiras


REINO DA LIRA

1) Povo dos Infernos -Chefiado por Exu dos Infernos
2) Povo dos Cabarés -Chefiado por Exu do Cabaré
3) Povo da Lira -Chefiado por Exu Sete Liras
4) Povo dos Ciganos -Chefiado por Exu Cigano
5) Povo do Oriente -Chefiado por Exu Pagão
6) Povo dos Malandros -Chefiado por Exu Zé Pelintra
7) Povo do Lixo -Chefiado por Exu Ganga
8) Povo do Luar -Chefiado por Exu Malé
9) Povo do Comércio -Chefiado por Exu Chama Dinheiro

 


REINO DA PRAIA.

1) Povo dos Rios -Chefiado por Exu dos Rios
2) Povo das Cachoeiras -Chefiado por Exu das Cachoeiras
3) Povo da Pedreira -Chefiado por Exu da Pedra Preta
4) Povo do Marinheiros -Chefiado por Exu Marinheiro
5) Povo do Mar -Chefiado por Exu Maré
6) Povo do Lodo -Chefiado por Exu do Lodo
7) Povo dos Baianos -Chefiado por Exu Baiano
8) Povo dos Ventos -Chefiado por Exu dos Ventos
9) Povo da Ilha -Chefiado por Exu do Côco

 

POMBA GIRA / BOMBO GIRA / EXU MULHER

Chamada de Pomba gira, Pombo Gira, Bombo gira, Exu mulher ou ainda Bombo gira é conhecida com entidade feminina. Esta forma de chamar para Ela é sem dúvida pela influência banta (Angola). A Entidade banta Aluvaiá Pomba gira foi então submetida à Entidade iorubana Exu, sendo colocada como sua mulher.
Diz-se que a Pomba gira representa o poder feminino feiticeiro, comparável com as Iyámi Oxorongá dos Iorubá. Ela pode ter muitos maridos, que se tornam seus “escravos” ou empregados. Todas as Entidades são duplas, é dizer, cada uma delas pode se apresentar em baixo da aparência de homem ou mulher. Por seu lado, os Exu homens podem ter muitas mulheres, as quais passam a ser suas escravas ou empregadas. É muito comum usar o número 7 (sete) para dizer quantas mulheres ou homens pode ter uma Entidade, isso é assim, por ser um número cabalístico e mágico.
 
Cada Exu homem tem sua parte feminina ou contrapartida, que na verdade são a mesma Energia em baixo de aparências distintas, temos assim:
 
Exu Rei das Encruzilhadas / Pomba gira Rainha das Encruzilhadas;
 
Exu das Matas / Pomba giras das Matas;
 
Exu Giramundo / Pomba gira Giramundo;
 
Exu do Cravo Vermelho / Pomba gira da Rosa Vermelha;
 
Exu Mulambo / Pomba gira Maria Mulambo;
 
Exu Sete Capas / Pomba gira Sete Saias;
 
Exu 7 Estrelas / Pomba gira 7 Estrelas; etc.
 
Cada pessoa tem pelo menos um par de Exús que age e mora perto dela desde o dia do nascimento. Que um homem tenha como Guia uma Pomba gira (que incorpore nele) não quer dizer que ele vai se tornar homossexual, ou vai mudar seu gosto pelas mulheres, como muitos pensam; nada disso, ele vai seguir sendo o mesmo homem de sempre. O mesmo é para as mulheres que tiverem um Exu. Isso é para os casos onde se puxa somente uma das duas Entidades que possui cada um como mínimo, pois existem muitas casas onde são puxadas a dois (Exu homem e Pomba gira), sendo que tampouco eles vão influir na definição sexual da pessoa. O que acontece é que muitos se aproveitam para colocar as culpas em Exu. Pode acontecer também que alguma pessoa tenha duas pomba giras e dois Exús, um par de Exús que estava submetido aos espíritos evangelizados e que logo após foi liberada, e uma parelha de Exús que se apresentou.
 
Quando incorporada no cavalo, a pomba gira mostra-se quase sempre bonita, feminina, amável, elegante, sedutora, mais também tem vidência, é certeira e sempre tem algum conselho para aqueles que estão sofrendo por um amor. Ela gosta das bebidas suaves: vinhos doces, licores, cidra, champanhe, anis, etc. E gosta dos cigarros e cigarrilhas de boa qualidade, assim como também lhe atrai o luxo, o brilho e o destaque. Usa sempre muitos colares, anéis, brincos, pulseiras, etc. Sendo que existem milhares de pomba giras, e que cada uma tem sua própria pessoalidade, e torna-se muito difícil uma descrição geral.
Suas oferendas levam ovos, maçãs, morangos, perfumes, pentes, espelhos, flores (especialmente rosas nunca botões), bebidas, cigarros, etc.
 
As principais pomba giras em ordem hierárquica são as correspondentes às sete passagens da representação feminina de Exu Rei, Pomba gira Rainha, após temos 63 pomba giras chefas, sendo cada uma delas a contrapartida de algum dos Exu chefes que já apresentamos na parte onde falamos dos povos de Exu.
As funções principais de Pomba gira são as de ajudar os seus em todos os casos de amor, mas também é usada a sua força para desmanchar feitiços, para pedir proteção e curar várias doenças.
 
 
GENERALIDADES DE ALGUNS EXUS
 
 
Deixamos claro que quando falamos de alma encarnação de um determinado Exu, isso não indica que faz alusão a todos os que se apresentam com este nome, sendo que se trata de um caso específico sobre o qual estamos falando. Os Exús que chegam aos médiuns são pessoais, portanto, suas vivências e encarnações são únicas. Devem sim, ter algo em comum com a falange da qual representam e também possuir uma base sólida.
Tenho constatado que muitas narrativas baseadas em dados por algum Exu pessoal têm se estendido e se generalizado para todos os que chegam com este nome em outros médiuns, o que é um erro.

História da Pomba Gira Maria Padilha

A verdadeira história desta entidade ainda não esta comprovada de fato! Porque devido a várias histórias contadas e publicadas sempre deixa um fecho para inúmeras controvérsias. Já faz um bom tempinho que venho lendo e pesquisando histórias de Maria Padilha ou ( Maria de Padilha) que vem a ser o verdadeiro nome da amante rainha do Rei de Castela.
 
A história conta que Maria de Padilha era uma jovem muito sedutora que foi viver no reinado de Castela como dama de companhia de D. Maria, mãe de D. Pedro I de Castela ( O cruel ) . Sendo que esta moça tinha um tutor e este responsável e tio da bela donzela, que também era herdeira de sangue nobre, devido a influencia de seu pai na corte espanhola.
 
A lenda conta que D.Pedro de Castela já estava noivo de D. Blanca de Bourbom, uma jovem pertencente a corte francesa, que foi enviada para Castela para casar-se com D. Pedro porque este estava já para assumir o Reinado do pai, no ano 1350.
 
D. Maria de Padilha e o Rei de Castela depois de apresentados, fulminaram-se de paixão um pelo outro e mesmo as escondidas começaram um grande caso de amor, onde sabiam que jamais seria aceito D.Pedro I de Castela, não queria casar-se com D. Blanca de Bourbom, mais este casamento traria excelentes benefícios políticos para a corte Espanhola e Portuguesa.
 
Dizem que Maria de Padilha, trabalhava na magia com um judeu cabalista e que este a ensinou muitas magias e através destas… conseguiu dominar o Rei de Castela completamente. Conta a história que ela foi uma das grandes responsáveis pelo o abandono ou morte de D. Blanca de Bourbom pelo rei, digo abandono ou morte porque ainda é uma história muito confusa… alguns livros indicam que D. Blanca foi decapitada ao mando do Rei… outros apenas citam que ela foi abandonada por ele e devolvida a sua família na França por ele ter assumido seu amor por Maria de Padilha.
 
Maria de Padilha de Castela, depois do sumiço de D. Blanca passou a viver com o Rei em seu castelo em Sevilha, palácio que foi construído e presenteado a Maria de Padilha pelo seu amado rei de Castela.
 
Maria Padilha deu quatro filhos ao rei de Castela sendo que o primogênito morreu em idade tenra.
Ao contrario do que conta muitas histórias publicadas desta grande personagem, Maria Padilha morreu antes do Rei de Castela e este fez seu velório e enterro como de uma grande rainha, fez com que seu súditos beijassem as mãos do corpo falecido por peste negra e a enterrou nos jardins de seu castelo.
 
O Rei anunciou ao sei reinado que havia casado com D. Maria Padilha as escondidas e que queria que seu filhos com ela fossem reconhecidos como herdeiros do trono e que a imagem de Maria Padilha diante do povo fosse de uma Grande Rainha.
 
Um ano mais tarde o rei veio a casar-se de novo, mais nunca escondeu que o grande amor de sua vida tinha sido D. Maria Padilha, os contadores contavam que o feitiço lançado ao rei pela poderosa Padilha seria eterno! pela família e tampouco pela corte. Alguns anos depois o Rei de Castela veio a falecer pelas mão de seu meio irmão bastardo que acabou assumindo o seu posto de Rei de Castela… o corpo do rei deposto foi enterrado a frente da sepultura de sua Amada Rainha Padilha, onde foram construídos duas estátuas uma em frente a outra, para que mesmo na eternidade os amados nunca deixassem de olhar um pelo outro.
 
Dizem que a entidade de Maria Padilha, na sua primeira aparição, foi em uma mulata no tempo da corte de D.Pedro II no Brasil, onde esta mulata em um sessão da Catimbó… recebeu uma entidade muito feiticeira e faceira que se apresentou com D. Rainha Maria Padilha de Castela e contou a sua história e que depois dela outras Padilhas viriam para fazer parte da sua quadrilha.
 
Dizem que depois desta anunciação de D. Maria Padilha, ela só voltou mais uma ou duas vezes e que não mais chegaria na terra por sua missão presente estar cumprida, mais que por castigo de Jesus e por mando do Rei das Encruzilhadas ela ainda permaneceria na terra e confins, comandando a sua quadrilha de mulheres e exus para todos os tipos de trabalhos… Depois disto, nunca mais ninguém voltou a ver ou assistir a curimba desta poderosa entidade rainha das giras. 
 
Há muitos pais de santo e estudiosos que dizem que D. Rainha da Sete Encruzilhada é D. Maria Padilha de Castela, por ter sido ela eleita a Rainha de todas as giras, mais esta desconfiança, ainda não foi esclarecida, nem pelas próprias identidades que trabalham com D. Rainha das Sete Encruzilhadas. Esta desconfiança gerou porque D. Padilha de Castela se titulava Rainha e sempre saudava as sete encruzilhadas, onde morava o seu rei e de onde ela reinava.

 

Tranca Ruas

Antes de mais nada queremos contar por que o nome que este chefe de falange tem o nome de Tranca-Ruas.

 
Disse ele: “Na rua vive o homem sem lar; na rua vive o bêbado; a rua é o escritório do ladrão; na rua existe a droga e o vício; na rua está o desamparado; na rua vive a meretriz; na rua anda o desesperado; a rua é habitada por todos os marginais. Eu tranco toda esta infelicidade.”
 
É alto, forte, veste uma camisa de seda branca, calças pretas, sapatos finos e de verniz, cabelos belíssimos, cacheados e castanhos bem claros, olhos azuis, às vezes cinzas, com os quais costuma encarar as pessoas ou adversários, de forma quase hipnótica.
 
Sua grande força vem do cemitério, especificamente da cruz das almas.
Seus protegidos têm uma força poderosa ao seu lado.
Tem relação direta com Ogum, razão porque todas as pessoas desta linha são, por ele considerados, seus filhos.
Por ser o Exú o espírito intermediário, ligação entre o mundo espiritual e o material, ele representa o equilíbrio.
 
 
 

ORAÇÃO A TRANCA RUAS

Faço reverência a vós mistério sagrado da criação,
Vós que SOIS a manifestação do divino,
Peço que nesta noite possa se manifestar entre nós,
CONFORME nosso merecimento.
No seu poder, na sua força, e na sua magnitude,
Pelo caminho tripolar que emana de VÓS,
Pelo caminho que só vós conheceis,
Pela força que só a vós pertenceis,
E pelo poder de trancar a VÓS concedido,
Eu peço:
Que as trevas que habitam em mim sejam trancadas,
Que o ódio e o sentimento impuro que emana da minha alma sejam trancados,
Que a falsidade que exala dos meus poros seja trancada,
Que o rancor e a miséria que habitam o meu coração sejam trancados,
Que a dissimulação e a superficialidade que nasce da minha língua sejam trancados,
Que o egoísmo e a maldade que transcendem da minha mente sejam trancados,
Que a palavra torta que sai da minha boca e o pensamento roto que sai da minha cabeça contra o próximo sejam trancados,
Que a capacidade que os meus olhos têm de amaldiçoar e destruir sejam trancados,
E assim, fonte primária da criação, assim que Trancar a tudo isso no seu âmago, pois é na vossa essência que tudo isso se desvitaliza, peço a VÓS que:
Destranque todas as portas do meu caminho,
Destranque todas as passagens da minha jornada,
Destranque toda prosperidade material e espiritual,
Destranque o meu coração das amarguras,
Destranque o meu sustento de cada dia,
Destranque os meus corpos espirituais e o meu corpo material da agonia, do desespero e da aflição que me assolam na calada da noite,
Destranque o meu emprego, o meu negócio e a minha morada material,
Destranque o martírio familiar pelo qual eu tenho passado,
Destranque os meus olhos para as maravilhas do mundo espiritual,
Destranque a minha liberdade!
Pois vós, Força Sagrada do Divino Criador, é o portador supremo da Vitalidade!
Salve o Mistério Tranca-Ruas!!!

DETALHES SOBRE A VIDA DE TRANCA RUA DAS ALMAS

 
Seu nome foi Geraldo, mais a alguns dias descobri seu sobrenome Branco Compostella , bem Tranca Ruas não foi de fato um médico como se diz nas letras de seus pontos, ele foi na verdade uma especie de curandeiro, sua especialidade era a extração de dentes, trabalhava com ervas virgens e em especial com cascas de uma árvore que tinha próximo ao seu castelo, era um homem muito rico nascido em berço de ouro, Geraldo quando jovem tinha vontade de se tornar um padre em um mosteiro em sua cidade (Galícia ,na Espanha), todo esse sonho foi interrompido durante uma missa cujo qual ficou em seu pensamento um distinta senhora que havia ido se confessar.
 
Ele passou então a frequentar a todas as missas, tentando desesperadamente encontrar essa mulher, depois de um mês quando estava na ante sala da igreja ele ouviu uma voz suave chamando pelo padre, e para sua surpresa era a tal mulher. Sem pensar em nada fingiu ser o padre, a mulher então beijou lhe a mão e pediu para que ele lhe perdoasse seus pecados, ela disse a ele que a bruxaria fazia parte de sua vida e nada poderia fazer para afasta la de seus caminhos e que estava saindo daquela cidade por que temia que a inquisição a julgasse, nesse mesmo momento Geraldo se calou e disse a mulher, desde que te vi pelas missas não consigo pensar em outra coisa a não ser você, não sei se estou enfeitiçado ,mais o que sinto é mais que o suficiente, e se você vai sair desta cidade que seja comigo.
 
Geraldo voltou a seu castelo,vendeu todos os seus bens e nunca mais voltou a cidade de Galícia, ele foi morar com Maria e começou a se envolver demais com os segredos do oculto, logo Geraldo passou a se tornar um mestre na arte de enfeitiçar, e passou para o lado da magia negra,com medo de perder Maria, Geraldo selou um pacto com o diabo para que a mesma fosse para sempre sua e de nenhum outro homem.
 
Sua alma passou a ser do diabo, que cobrava cada vez mais pelo seu feito, alguns anos se passaram e Maria adoeceu, nenhum feitiço era capaz de lhe devolver a saúde, Geraldo desesperado pensando perder sua amada mais uma vez recorreu ao diabo, porem disse a ele, que se fizesse o que ele queria seu preço seria cobrado apos a morte de Maria, Geraldo sem pensar aceitou, na manhã seguinte Maria se levantou e nada mais tinha, ela viveu intensamente somente mais três dias, falecendo queimada por uma vela que incendiou todo o casebre.
 
Por culpa de Geraldo, Maria não conseguia descansar em paz, seu espirito ficou perdido junto com as almas sem luz, e Geraldo dedicou seus últimos dias a buscar um jeito de livrar a alma de sua amada, ele morreu logo depois de desgosto, e o diabo levou sua alma, após sua passagem tornou se o guardião das almas sem luz que tentam se livrar dos caminhos escuros, por isso seu nome Tranca Rua das Almas. Hoje sua missão é levar ajuda a quem esta perdido, e ele também guarda os espíritos zombeteiros afim de que paguem seus pecados, para voltarem, reencarnarem. Essa é a historia de tranca rua das almas.
 
“Na sombra e na luz ,tranca rua me conduz”

 

USO DE FERRAMENTAS PELOS GUIAS ESPIRITUAIS

Muitos guias espirituais usam ferramentas para absorver energias condensadas, atrair ou projetar ondas vibratórias, descarregar os médiuns e os consulentes de energias negativas, etc.
Para muitos que desconhecem os fundamentos da Umbanda, para os que estão iniciando na religião ou mesmo para aqueles que estão apenas visitando um terreiro para tomar um passe, as ferramentas utilizadas pelos guias aparentam ser apenas adereços e símbolos para chamar a atenção e tornar o ritual cheio de pompas.
Mas tudo na Umbanda tem sua razão de ser e existir. Nada é por acaso.
Antes de explicar para que servem as ferramentas utilizadas pelos guias espirituais, vamos conhecer algumas:
• Pretos / Pretas velhas: cachimbo, bengala, rosário, terço, figa, crucifixo, lenço, xale, chapéu de palha, cigarro de palha, etc.
 
• Exú: tridente, corrente, marafo, charuto, cigarro, capa, cartola, guias de aço, etc.
 
• Pomba-gira: batom, cigarrilha, anéis, colares, saias, lenços, joias, etc.
 
• Caboclos de Oxóssi: penachos, cocares, arco e flecha, charuto, cuia, etc.
 
• Caboclos de Ogum: lança, espada, elmo, espada de São Jorge ou Ogum, etc.
 
• Caboclos de Xangô: oxé (machado de pedra de duas pontas), pedras, charuto, etc.
 
• Baiano: chapéu, cigarro de palha, badulaques, coco verde, facão, etc.
 
• Marinheiro: boné branco, copo com pinga, cigarro, cordas, etc.
 
• Boiadeiro: chicote, chapéu, cinto, lenço, etc.
 
• Obaluaye / Omulú: roupa de palha da costa, xaxará, pipocas, etc.
 
• Cigano: baralho, lenço, incenso, pedras, joias, almofadas, etc.
 
• Erês: brinquedos, bexigas, doces, bebidas, óculos coloridos, bonés, saias, etc.
Há outras linhas de trabalho nos terreiros, por isso enumeramos as mais conhecidas com apenas
algumas ferramentas que cada uma delas utiliza, cada qual com sua devida utilidade não servindo
apenas como mero adereço, como um batom, por exemplo.
 

Para que servem as ferramentas?

 
Algumas ferramentas como chapéus, cocares, capas, saias, etc., servem como proteção ao médium girante; outras como bengalas, tridentes, espadas, flechas, etc., servem como um meio para descarregar o médium ou o consulente; e há também as ferramentas como incenso, joias, pedras, coco verde, doces, bebidas, etc., que servem para atrair e carregar o médium girante com energia positiva,
ajudando no seu fortalecimento, equilibrando-o e acalmando-o.
Não há uma regra com relação à função de cada ferramenta, pois os guias utilizam a mesma ferramenta para diversos usos, dependendo de sua vontade e do objetivo que ele quer atingir, como por exemplo, a bengala do preto velho pode descarregar o médium, mas também pode servir como meio para atrair energia positiva e carregar o médium.
 

Como são utilizadas as ferramentas?

 
Cada guia espiritual utiliza a ferramenta de acordo com seu fundamento e axé e há variação no uso ou no tipo de ferramenta até mesmo entre guias de mesma linha – como a linha de caboclos Pena Branca, onde um caboclo pode utilizar um cocar e outro utilizar apenas uma cuia com água e mel. O médium girante também influencia na escolha da ferramenta, pois o seu corpo é um transmissor e receptor de energias, mas a facilidade por onde “entra e sai” energia do seu corpo (que pode ser através das mãos ou dos pés ou da cabeça ou do tronco, etc.) é o que ajuda o guia a definir qual ferramenta utilizar.
 
Para fazer o uso das ferramentas iremos descrever – com linguagem humana e pobre – como um:
 
(a) preto (a) velho (a) faz uso das mesmas:
I. Chapéu de palha, lenço, xale, etc.
a. Energia positiva: atrai bons fluídos e energia para a coroa do médium.
b. Energia negativa: protege a coroa do médium de vibrações negativas que estão no ambiente e ainda não foram processadas durante o ritual.
 
II. Cachimbo, cigarro de palha, cigarro, etc.
a. Energia positiva: o odor do fumo sendo queimado atrai bons fluídos ao médium e ajuda na concentração.
b. Energia negativa: queima os miasmas do corpo do médium e dos consulentes.
 
III. Rosário, terço, figa, crucifixo, guia de contas, etc.
a. Energia positiva: concentra energia positiva e fluído de essência divina para ser repassado ao médium ou aos consulentes. Também serve como meio para o médium se concentrar no trabalho do guia.
b. Energia negativa: concentra energia negativa que está no corpo do médium ou do consulente sendo descarregada quando a ferramenta é jogada ao chão ou quando ela quebra.[
 
IV. Bengala, espada de Ogum, lança de Ogum, galho de guiné, etc.
a. Energia positiva: concentra energia positiva e fluído de essência divina para serem repassadas ao médium ou aos consulentes.
b. Energia negativa: concentra energia negativa que está no corpo do médium ou do consulente sendo descarregada quando a ferramenta é batida no chão.
 
V. Comidas e bebidas como café, bolo de fubá, mandioca, arroz, etc.
a. Energia positiva: concentra energia positiva e fluído de essência divina para ser repassado ao médium ou aos consulentes.
b. Energia negativa: concentra energia negativa que está no corpo do médium ou do consulente sendo descarregada quando descartado (cuspido) no “cuspidor”.
 
VI. Tapete de folhas, tapete de palha, chinelo de palha, etc.
a. Energia positiva: concentra energia positiva e fluído de essência divina localizado no congá para ser repassado ao médium ou aos consulentes.
b. Energia negativa: concentra energia negativa que está no corpo do médium ou do consulente sendo descarregada quando o guia bate os pés e ou as mãos contra a ferramenta ou contra o chão.
Para deixar bem claro, quem direciona o tipo de energia, positiva ou negativa, para a ferramenta é o guia espiritual, pois é ele que está visualizando o excesso ou a falta dessas energias, é ele que sabe como manipular essas energias, sem afetar o médium ou o consulente.
Mas quem é que define as ferramentas que os guias utilizarão nos trabalhos? Os próprios guias!
Por mais “legais e belas” que achamos algumas ferramentas, e até gostaríamos de presentear nossos guias, somente os guias é que pedirão, ou não, as ferramentas. Somente os guias é que sabem quais as ferramentas que eles mesmos utilizam e se são ou não necessárias.
Há casos em que alguns terreiros proíbem o uso de ferramentas pelos guias, mas é claro que os guias sabem dessa “proibição” e por isso, manipulam as energias de outras maneiras, reforçando o direcionamento das energias para assentamentos ou para o altar, por exemplo.[
 
E se o médium girante quiser presentear um guia espiritual com uma ferramenta? E se um consulente presentear o guia espiritual de um médium com uma ferramenta?
Quando decidimos presentear um guia espiritual que trabalha conosco, através do uso de nossa mediunidade, o melhor que se tem a fazer é perguntar para ele (ou pedir para que outra pessoa pergunte para o guia) se o presente será útil ou será uma coisa para atrapalhar. Acredite: se o guia precisar de uma ferramenta ele pedirá ao médium ou ao cambono do médium girante, e às vezes, o que chamamos de “intuição”, como num caso desses, pode ser apenas uma “vaidade” de nossa parte. Todo cuidado é pouco.
Se um consulente resolve presentear o guia espiritual devemos ter em consciência o seguinte caso: a consulta com o guia espiritual é gratuita, logo um presente pode caracterizar, indiretamente, como pagamento por um “serviço bem feito”. A vaidade do médium também pode ser exacerbada com este ato. O procedimento neste caso é: alertar para que os consulentes não ofereçam presentes aos guias espirituais, mas caso aconteça, o consulente deve oferecer o presente diretamente para o guia que saberá o que fazer com o presente.
 
E para finalizar este texto, uma dúvida de muitas pessoas é: uma guia de contas estourou durante a gira, isso foi descarrego?
Sim e não. Sim se o médium estava muito carregado negativamente e a única ferramenta que estava em seu poder era a guia de contas, daí, em decorrência do excesso de energia ela pode estourar. Porém não é sempre que uma guia de contas estoura em decorrência do excesso de energia. O médium constantemente molha a guia de contas em banhos de firmeza, amaci e até mesmo com o próprio suor. Alguns colocam as guias para energizar com a luz solar ou com a luz lunar. Esse processo de molhar e secar a guia por diversas vezes faz com que o fio de nylon da guia de contas não suporte tanta variação e quebre, e claro, como o médium só utiliza a guia de contas em dias de gira, é nesse momento que vai haver o “estouro” da mesma, e isso não é descarrego.

Incensos

Os incensos são usados para aromatização de ambientes, funcionando como purificadores e condutores de vibrações, sejam elas de pessoas ou de ambientes. A palavra “incenso” vem do latim “incensum”, que significa “incendiar”. Através de incêndios espontâneos que ocorreram em grandes florestas onde havia árvores cujos troncos eram constituídos de madeira odorífica, como pinheiros, o homem tomou conhecimento dos “perfumes” e dos”incensos”. Os incensos são fabricados de resinas ou gomas aromáticas, tais como olíbano e bálsamo, que ao serem acendidos exalam o aroma da essência escolhida. Ao acender um incenso, a fumaça estabelece uma conexão entre os mundos físico e espiritual. Por este motivo, mesmo que o proposito seja somente de perfumar o ambiente, deve-se, através das bênçãos, neutralizar a ação nociva de energias adversas que possam estar tentando interferir nesta conexão. Origem: Indianos, Judeus, Gregos, Budistas, Romanos, Islâmicos.

Diretamente e intimamente ligados aos elementais do ar, os incensos estão presentes desde os primórdios da humanidade, onde o homem, mesmo antes de dominar o fogo e a técnica de produzir os incensos, já conhecia os aromas da natureza e fazia seu uso, tanto em seus rituais onde usavam fumaça, aromas e oferendas para reverenciar deuses  superiores ou proteger-se de espíritos malignos quanto para simples purificação em rituais de iniciação.
A história dos incensos é bem antiga e tem sua narração nas histórias de diversos povos e religiões, as Escrituras Sagradas narram que a Rainha de Sabá visitou Jerusalém e o Rei Salomão, levando-lhe, entre outros presentes, uma quantidade enorme de um precioso incenso, em algumas passagens bíblicas temos mais citações sobre os incensos: O incenso fazia parte da composição aromática sagrada destinada unicamente a Deus (Ex. 30,34) “Ouçam-me, filhos santos… Como incenso exalem bom odor (Sl. 39,14)” Com a oferta do incenso os magos do Oriente adoraram o Menino Jesus como o recém-nascido Salvador do mundo “(Mt. 2:11). No último livro do Antigo Testamento, o Apocalipse, João vê vinte e quatro anciões que estavam diante do Cordeiro com harpas e taças de ouro cheias de incenso: São as orações dos santos (Ap.8:3, 4).
No templo, junto aos ídolos, os romanos bem como os gregos tinham um altar para o incenso (foculus), em sinal de homenagem e adoração. No culto ao imperador, a incensação possuía valor de reconhecimento da religião e do estado do imperador enquanto deus. Entre os etruscos, o sumo sacerdote, anunciava com um toque de trombeta o final de um período e pronunciava o novo tempo queimando o incenso sagrado em braseiros preciosamente decorados. Na Grécia se incensava a vítima do sacrifício para torna-la mais aceitável à divindade; e também queimavam o incenso como obrigação e para proteção. Em Israel o incenso era misturado a outras substâncias odoríferas, os egípcios utilizavam este perfume dos deuses como o chamavam, para os rituais do templo, convencidos de que o incenso podia fazer chegar à divindade os desejos dos homens. Em Roma queimava-se nas ruas e em especial na adoração do imperador. Na Índia os hindus usam nos templos, nas oferendas domésticas e em seus festivais. Na América do Sul resinas aromáticas de copal são oferecidas ainda hoje pelos descendentes Maias e Astecas para suas divindades ancestrais. Na América o muito reverenciado pelos índios nativos. Eles usam sálvia branca, cedro, pinho em seus rituais de limpeza e adoração. 
 
Desde os tempos imemoriais, dos homens das cavernas, que a queima de ervas e resinas é atribuída a possibilidade de da modificação ambiental, mental e emocional. Até para proteger das pragas e doenças, nossos ancestrais faziam uso em suas casas, teoria essa que tem fundamento, pois incensos feitos de ervas, como tomilho e capim limão, há muito tempo, são usados por suas propriedades anti-sépticas e curativas, portanto estas e outras ervas eram queimadas em quartos de doentes em hospitais antes da descoberta dos antibióticos.
No processo de modificação e equilíbrio mental e emocional, os incensos naturais quando queimados soltam no ar moléculas de óleos essenciais que entram pelo sistema olfativo e pelos poros da pele até o cérebro, onde seus efeitos químicos interagem proporcionando a mudança de ânimo. Essa fumaça aromática pode relaxar, estimular, aumentar nossa energia nos levando para o momento de paz e amor. 
Cientificamente algumas pesquisas indicaram que ao ser queimado o incenso desprende uma substância chamada tetraidrocanabinol (THL), que tem qualidades inebriantes e anestésicas, que atenuam inclusive dores de cabeça ou de dente. Isso é comprovado devido ao fenol exalado pela fumaça do incenso atuar no córtex cerebral e sobre o sistema neurovegetativo.
Atualmente os incensos são utilizados por pessoas espiritualizadas ou não, com o intuito de purificar ambientes e atrair “bons fluidos”. Muitas são as propriedades atribuídas a determinadas fragrâncias, anteriormente pela magia e atualmente Aromaterapia. Acanela tem ação efetivamente antidepressiva. O aroma da rosa branca atua contra o estresse, o almíscar estimula a sensualidade e o romantismo, etc.
 
Todo incenso deve ser usado com cautela nunca em demasia com fazem algumas pessoas e deve ser sempre dirigido a alguma causa. Não deve ser usado simplesmente por usar, por nada ou sem motivo, deve sempre ter um dono que o receba e que tenha seu nome pronunciado no momento do pedido. O incenso mantém um grande poder de evocação espiritual e astral e não deve ser usado tão somente para perfumar ambientes ou sem causa porque sempre estaria alcançado uma egrégora qualquer com a vibração que provoca e que está quieta em seu lugar, tem o condão de atrair energia de toda espécie e dos dois planos astrais: negativo e positivo, tem força de ritual e de alimento também, tem força de rejeição ou de atração dependendo do patamar alcançado e da situação especial de quem as ascende. É por demais conhecido no mundo da mística astral e por vezes seu uso ou o que emana no mundo imaterial chega a ser disputado quando não pertence a ninguém que o esteja recebendo, podendo muitas vezes provocar visitas ansiosas por novos incensos a serem utilizados.
 
Cada Cigano com certeza indicará o incenso de sua preferência ou de sua necessidade naquele momento, regra geral o incenso mantêm sempre correspondência com a área de atuação dele ou dela ou do trabalho que estará sendo levado a efeito. Quando se tratar de oferendas e já não estiver estipulado o incenso certo para acompanhar e houver sua necessidade solicitada, bem como nas consagrações o incenso que deve acompanhar deverá ser sempre o de maior correspondência com o próprio cigano ou cigana. No caso de uma oferenda normal e tão somente necessária para manutenção, agrado ou tratamento, sugere-se o incenso espiritual ou de rosa, que mantém efeito de evocação de leveza, de elevação ou mesmo de louvação espiritual.

Catimbó

CATIMBÓ É DE BASE RELIGIOSA CATÓLICA E NÃO AFRO-BRASILEIRO:

 

Catimbó é um conjunto de práticas religiosas brasileiras, oriundas de raiz indígena e com diversos elementos do catolicismo, dependendo do lugar onde é praticado, influências africanas também notáveis. O Catimbó baseia-se no culto em torno da planta Jurema.
Muitos praticantes minimizam a origem indígena e a influência africana devido ao preconceito que essas culturas sofrem por parte de algumas mentalidades; por esse motivo, tais praticantes sustentam que o Carimbó é somente calcado no cristianismo, o que é uma mentira em absoluto. A influência afro-ameríndia é notada em qualquer reunião de Catimbó no país.
Não há dúvida que o Catimbó é xamanista com muita práticas de pajelança, mas é baseado em Mestres, apesar de os Caboclos também participarem. O Catimbó não é muito diferente ou melhor que outros cultos, e não se pode dizer que suas entidades sejam de nível superior, pelo contrário são semelhantes.
O Catimbó é uma prática ritualista mágica com base na religião católica de onde busca os seus santos, óleos, água benta e outros objetos litúrgicos. É também uma prática espirita que trabalha com a incorporação de espíritos de ex-vivos (eguns ou egunguns) chamados Mestres e é através deles que se trabalha principalmente para cura, mas também para a solução de alguns problemas materiais (como a Umbanda) e amorosos, mas, é importante destacar que a prática da cura é a principal finalidade.
Não se encontra no Catimbó, nas suas práticas e liturgias os elementos das nações africanas de forma que classificar o Catimbós como uma seita afro-brasileira é um erro. Mestres não se subordinam a Orixá e fora o aspecto de que certamente ele é, também, praticado por Negros não existe outra relação direta com a religião africana.
Para aqueles que consideram o Catimbó afro-brasileiro eu apenas pergunto: Onde estão os elementos Afro-brasileiro?
De fato a mitologia e teogonia do Candomblé é rica e complexa, a do Catimbó é pobre e incipiente, seja porque a antiga mitologia indígena perdeu-se na desintegração das tribos primitivas, na passagem da cultura local para a cultura dos brancos, que estavam dispostos a aceitar os ritos, porém não os dogmas pagãos, na sua fidelidade ao catolicismo – seja porque o Catimbó foi, mais, concebido como magia do que como religião propriamente dita, devido sobretudo aos elementos perigosos e temíveis e às perseguições primeiro da igreja e depois da polícia.
Além dos dogmas da religião católica o Catimbó incorpora componentes europeus como o uso do caldeirão e rituais de magia muito próximos das praticas Wiccas. Tanto dos europeus como dos brasileiros o uso de ervas e raízes é básico e fundamental nos rituais. Cada Mestre se especializa em determinada erva ou raiz.
Não existe Catimbó sem santo católico, sem terço, sem água benta, sem reza, sem fumaça de cachimbo e sem bebida, que pode nem sempre ser a Jurema (como eu disse Catimbó não é o Santo Daime).
 
Catimbó ou Catimbó-Jurema é um conjunto específico de atividades mágico-religiosas, originárias da Região Nordeste do Brasil. Conhecido desde meados do século XVII, o catimbó resulta da fusão entre as práticas de magia provenientes da Europa e rituais indígenas de pajelança, que foram agregados ao contexto das crenças do catolicismo. Conforme a região de culto, influências africanas podem ser notadas, de forma limitada, entretanto.
 
 
Etimologia
A origem do termo catimbó é controversa, embora a maior parte dos pesquisadores afirme que deriva da língua tupi antiga, onde caa significa floresta e timbó refere-se a uma espécie de torpor que se assemelha à morte. Desta forma, catimbó seria a floresta que conduz ao torpor, numa clara referência ao estado de transe ocasionado pela ingestão do vinho da jurema, em sua diversidade de ervas. Um grupo menor de antropólogos, porém, afirma que o vocábulo originou-se da junção entre cat, fogo, e imbó, árvore, neste mesmo idioma. Assim, fogo na árvore ou árvore que queima relataria a sensação de queimor momentâneo que o consumo da Jurema ocasiona. Em diversos estados do nordeste brasileiro, onde os rituais de catimbó são frequentemente associados à prática de magia negra, a palavra ganha um significado pejorativo, podendo englobar qualquer atividade mágica realizada no intuito de prejudicar outrem.
 
 
Terminologia
O termo catimbozeiro é usado para designar os adeptos do catimbó, embora, ofensivamente, também possa referir-se a qualquer praticante de magia negra, Candomblé ouQuimbanda. O vocábulo Juremeiro, também pode, embora erroneamente, referir-se aos praticantes de catimbó; entretanto, em linhas gerais, o tratamento é destinado ao indivíduo que, além do culto a Jurema, é devoto dos orixás do panteão africanos, integrando, assim, a nação Xambá. Ademais, diversos credos distintos fazem uso dos efeitos psicóticos da Jurema, embora nenhum deles possa, de fato, ser considerados Catimbó.

 

Abikú – 2a. parte

Abikú é uma palavra de origem Iorubá-nagô e na realidade um culto feito em território nagô e que tem algumas diferenciações. Então nesses países Iorubá-nagô, quando uma mulher dá a luz a uma série de crianças que são natimortos, ou seja, nascem mortos, ou que morrem em idade muito tenra, principalmente aquelas que morrem nos primeiros sete a oito dias, antes do umbigo. A tradição determina que essa criança não se tratou na realidade a vinda ao mundo de várias crianças diferentes daquela mulher. Crer-se que essas diversas aparições são da mesma criança, do mesmo espírito que recebe o nome Abicu, que quer dizer aquele que nasce e morre ou aquele que já nasceu morto e que se julga que está tentando o nascimento, isso acontece por um breve momento e este espírito volta a Ilú, aiê, o país dos mortos e encontra-se naquilo que eles acreditam no Ilê Samô, é na realidade o que se entenderia por céu, o éter, porque o Orun dá um outro sentido, porque o Orun é o céu das divindades onde habitam as divindades o aba-órum, aonde tem todo esse processo da tradição dos Orixás, de modo que esse ser que está tentando nascer, passa assim um grande tempo indo e voltando para o seu lugar de origem e não permanecem encarnados por muito tempo porque causa muitas vezes grande desespero nos próprios pais que desejam ver os seus filhos vingarem, se tornarem vivos. Esses princípios do culto de Abicu se encontram principalmente entre os akan, onde as mães dos abicus são chamadas de Auômáu, que quer dizer, é aquela que põe os filhos no mundo para que eles morram ou nasçam mortos.

Os Ilús chamam os abicus de Obange e os alçais de Dan-uóbi e o povo farde de Olça-marrá, tudo isso está dentro do culto de abicu. Essas informações encontradas a respeito dos abicus formam oito itans. São oito histórias dentro do culto de Ifá, no sistema divinatório do povo Iorubá e estão classificados dentro dos 256 Odus e podemos dizer que estas lendas, estes mitos mostram que os Abicus formam sociedade no Aba-Órum, que quer dizer, o espaço, o Ilê Samô, lá onde está o Orún.
 
O orún é uma camada aonde habitam as divindades no culto Iorubá. O orún para o culto Iorubá se divide em nove camadas ao total. Quatro camadas superiores, aquelas que estão no Ilê-samô, lá em cima. Ilê Samô, o céu. Essas camadas chamam-se Aba-órum. A camada que está embaixo, próximo ao povo, a terra, chama-se Umbé-ererin-órum e a camada do meio, aonde hoje habitamos, entre a que está em cima, o abá-órum e o emérim-órum e o emerérin-órum, chama-se Idhé-chelé-órum, que quer dizer a camada dos vivos e essas camadas são presididas por uma divindade chamada Iádiá-ançá, que quer dizer a mãe que bate e corre  quando são filhos meninos é Olócó que quer dizer chefe de uma tribo, para as meninas; mas é justamente o Alá-aiê, o rei de Auá-Aiê, lá se encontra uma floresta sagrada dos abicus, aonde os pais de abicus vão fazer oferendas para que eles permaneçam vivos e dêem as alegrias desejadas. Segundo esses conceitos, quando essas criaturas vêm do céu para a terra, os Abicus passam os limites do céu diante do guardião da porta que chama Sonibodé-Órum e esse guardião é o Exú Odixê que guarda a passagem do que está em cima com o que está embaixo e seus companheiros vão com ele até o local onde eles se dizem até logo, os que partem declaram o tempo que vão ficar no mundo e o que farão encarnados. Se prometerem aos seus companheiros que não ficarão ausentes, essas crianças apesar de todo esforço de seus pais retornaram através do Sonibodé-órum para o seu local que pra lá elas vão encontrar os espíritos, os amigos que por lá deixaram.
 
Contam os mitos que a primeira vez que os Àbíkú vieram para a terra foi em Awaiye e constituíam um grupo de 280, trazidos por Alawaiye, chefe no Orún. Segundo o mito, cada um deles tinha declarado ao passar a barreira do Onibodé-órum o tempo que iria ficar no mundo. Um deles se propunha a voltar ao céu assim que tivesse visto a mãe que iria gerar o seu corpo, um outro, ia esperar até o dia que seus pais decidissem que ele se casasse e um outro que retornaria ao céu assim que seus pais concebessem um novo filho, um que ainda não esperaria mais que o dia que começasse a andar. Outros prometeram respectivamente ficar no mundo somente sete dias, até cair o umbigo, ou até o momento em que começasse a andar ou quando ele começasse a se arrastar pelo chão, ou quando começasse a ter dente ou ficasse de pé, ou seja, um curto período de vida reencarnado e o carinho dos pais, o amor que recebessem ou os presentes não seriam capazes de retê-los no Aiyé.
Alguns assumiram o compromisso de que nem nasceriam. Esse pacto deveria ser cumprido e os seus companheiros no Orún manterem-se presentes na sua vida, interagindo no seu dia a dia, para que não o esquecessem e retornassem ao Orún tão logo o momento pactuado ocorresse.
 
As histórias de Ifá nos dizem que oferendas são feitas com conhecimento de causa e que são capazes de reter no mundo estes espíritos abicus e de lhes fazerem esquecer suas promessas de volta, rompendo assim o ciclo de suas idas e vindas constantes entre o céu e a terra porque uma vez que o tempo marcado para a volta já tenha passado, os seus companheiros se arriscam a perder o poder sobre eles e assim é que nessas histórias encontramos oferendas que comportam troncos de bananeiras acompanhados de diversas outras coisas como, por exemplo, um itan diz que um caçador que estava à espreita no cruzamento do caminho dos abicus lá na passagem escutou quais eram as promessas feitas por três abicus, quando a época do seu retorno ao céu.
 
Um deles prometia que deixaria o mundo assim que o fogo utilizado por sua mãe para preparar uma papa de legumes se apagasse por falta de combustível.
 
O 2o. esperaria que o pano que a sua mãe utilizava para carregá-lo nas costas se rasgasse 
 
3o. esperaria para morrer no dia em que seus pais lhe dissesse que era tempo dela se casar e ir morar com o seu esposo. 
 
O caçador então vai visitar as três mães no momento em que elas estão dando à luz a seus filhos abicus e aconselha:
 
 1a. – que não deixasse se queimar inteiramente a lenha sobre o pote que cozinha os legumes que ela prepara para o seu filho, aquela sopa. 
 
2a.  –  disse que não deixasse rasgar o pano que ela ia usar para carregar o filho nas costas e que ela usasse um pano de qualidade diferente. 
 
3a.  –  para a mãe não especificar o dia ou a hora em que sua filha deveria ir para a casa do marido. 
 
As três mães então resolvem consultar a sorte no Ifá e lhes são recomendadas que façam respectivamente as oferendas de um tronco de bananeira, de uma cabra, de um galo e pedindo por meio destes subterfúgios que os três abicus pudessem manter o compromisso de voltarem, desencarnarem, porque se a 1a. estala um tronco de bananeira no fogo destinado a cozinhar a papa do seu filho antes que ele se apague; o tronco de bananeira cheio de seiva e esponjosa não poderia queimar e o abicu vendo uma racha de lenha não consumida pelo fogo veria que o momento de sua partida ainda não havia chegado. 
A pele de cabra oferecido pela 2a. mãe serviria para reforçar o pano que ela usaria para carregar o filho nas costas. A criança abicu não vai achar nunca que esse pano se rasgou e não vai poder manter a sua promessa. Não se sabe bem o oferecimento de um galo, mas o itan conta que quando chegou à hora de dizer para a filha já uma moça que ela deveria ir para a casa do seu marido, os pais não lhe disseram nada e enviaram-na bruscamente para a casa do marido. Nossos três abicus não podem mais manter a promessa que fizeram porque as circunstâncias que devem anunciar a sua partida não se realizaram tal como eles haviam previsto diante da passagem entre o céu e a terra e estes três abicus reencarnaram, eles não iriam mais morrer, eles seguiriam outro caminho.
 
Comentando essa história com alguns detalhes porque ilustra bem o mecanismo das oferendas e de sua função, não é o seu lado da lenda que nos interessa aqui, mas a tentativa de demonstração de que em países Iorubás, a sorte, o destino, o caminho pode ser modificado numa certa medida quando certos segredos são conhecidos, entre as oferendas que retém os abicus na terra, que fortalecem a sua reencarnação, figura em 1o. plano principalmente os caminhos das ervas, podemos falar de algumas delas: mamona vermelha, amendoeira, folhas de amora e de outras determinadas folhas como a abomina e assim por diante, a beldroega tanto a pequena como a grande, mas para isso tem que ter conhecimento para se proceder os rituais de maceração, de utilização, os ofó que na realidade são encantamentos que são recitados e às vezes cantados para evocar esse tipo de força e fazer a solidificação no corpo daquela criança, daquela criatura, deste espírito abicu que quando vem para reencarnar promete que não vai ficar a sua própria mãe espiritual. 
Temos ainda duas plantas que são freqüentemente utilizadas para reter os abicus, segurar essa encarnação e que não estão dentro dos ritos, das lendas que é o Olobotu-dhé que é uma trepadeira e o Opá-eméri está dentro do culto da ancestralidade onde os abicus estão contidos porque eméri é o primeiro caminho do abicu dentro da família de abicu de cinco caminhos: do eméri, do emesan, do apatobi, do abicutun e do abigurun que estão dentro do princípio de tudo isso.

CIGANA THAYLA, E CIGANA THYALA

 (CIGANAS INDIANAS)

São Ciganas irmãs gêmeas , tendo cabelos negros, bem escuros , nariz fino, rosto fino, pele quase morena, diferente das demais pessoas dessa etnia, olhos azuis , com vestimentas indianas de cor azul, quase da cor azul da caneta bic.
 
Ambas são gêmeas idênticas , trabalhando juntas, apesar de cigana Thyala ser mais magra e um pouco menor de estatura , pouca coisa, em relação a sua irmã cigana Thayla.
 
As mesmas, trabalham em uma vibração para os negócios, em especial aqueles onde se trabalha “atrás do balcão” , comerciantes fixos, pois seu pai era um negociante Indiano dos negócios dos tecidos.
 
Ambas o ajudavam nos seus negócios, sendo filhas únicas, tendo sua mãe falecido logo após seu nascimento.
 
São ciganas de um semblante mais sério, denotam serem mulheres independentes, do tipo daquelas administradoras, porém também vibram em uma energia da área dos negócios em geral.
 
Ambas gostam de damasco, uma fruta de origem da china , Rússia e árabe.

Cigano Natan

CIGANO NATAN ERA MORENO E QUEIMADO DO SOL,TINHA OLHOS E CABELOS PRETOS.
NATAN FEZ A PASSAGEM PARA O MUNDO ESPIRITUAL NO DIA 23 DE ABRIL DE 1613, EM MADRI.
ELE USAVA BLUSÃO BRANCO COM MANGAS COMPRIDAS, POR CIMA DO QUAL VESTIA COLETE COR DE CARAMELO. NA CINTURA TRAZIA UMA FAIXA BRANCA NA QUAL PRENDIA SEU PUNHAL DE OURO. SUA CALÇA TAMBÉM ERA DE COR CARAMELO.
ELE USAVA UM CHAPÉU DE COR CARAMELO, ENFEITADO COM UMA PENA BRANCA. LEVAVA NO PESCOÇO UM CORDÃO DE OURO, COM UMA PEQUENA MEDALHA ANTIGA, E UM LENÇO VERMELHO AMARRADO.
NO DEDO ANELAR DA MÃO ESQUERDA TRAZIA UMA GROSSA ALIANÇA DE OURO.
PARA REZAR, PEDIR ETC., ESTE CIGANO UTILIZAVA CRAVOS. NELES ESTAVA A FORÇA DE SUA MAGIA. NATAN COLOCAVA 3 CRAVOS NAS CORES BRANCA, VERMELHA E AMARELA, EM 3 COPOS COM ÁGUA ,NO CHÃO EM FORMA DE TRIÂNGULO ,CUJA A PONTA FICAVA VOLTADA PARA O NORTE, E FAZIA SUAS MENTALIZAÇÕES. EM SEGUIDA ELE OS OFERECIA A PESSOAS QUE PASSAVAM POR ALGUMA NECESSIDADE.
NATAN NÃO LARGAVA NUNCA O COPO DE COURO ONDE COLOCAVA SEUS DADOS. ELE ERA MUITO DESCONFIADO.
ESSE CIGANO TEM UM MISTÉRIO MUITO GRANDE COM O FOGO.
HOJE COMO ESPÍRITO AO CHEGAR NA TERRA ELE SEMPRE DIZ ESSAS PALAVRAS:
” TU LUA , QUE RENOVAS O TEMPO,
LUA NOVA QUE ATRAIS ENERGIA POSITIVA PARA UNS DIAS MELHORES,
TU ÉS O CIRCULO NO CÉU, QUE NOS DÁ FORÇA NA TERRA”.
A FASE DA LUA DE SUA PREFERÊNCIA ERA A NOVA.

Semeando … por Zé Pilintra

 SEMEANDO… POR ZÉ PILINTRA

 

O caminho sobre pedras é áspero. Assim como as almas que se deixaram secar pela desesperança e a amargura. As pedras do caminho nos levam à atenção e à concentração do pensamento, para evitar que os nossos pés sejam, de novo, feridos no atrito.

Assim como as almas que aprendem a persistir no Bem, tendo-o como um compromisso consigo mesmas e ainda que não sejam compreendidas e correspondidas. Caminhar no Bem nem sempre evita as pedras do caminho. Porque muitos trilham o mesmo caminho, com diferentes visões e objetivos. Visões e objetivos representam escolhas. E cada um de nós é livre para escolher.

Escolher implica em assumir consequências. E as consequências chegam sempre àqueles que precisam ser atingidos, pois a Vida não erra o alvo. Somos arqueiro e alvo. Lançamos a flecha da nossa vontade, e as energias da meta que traçamos sempre nos encontrarão de volta. Essa volta pode tecer um saco cheio de pedras.

Semelhante ao peso das almas que colecionam tristezas, derrotas, traições e desânimo. Mas a volta pode ser também o começo de alguma construção, com as muitas pedras encontradas no caminho. Semelhante à sabedoria das almas que, testadas pela maldade e pela ingratidão, cercam-se da plena convicção no Bem e perseveram.

A perseverança no Bem é resultado da compreensão do nosso primeiro e maior compromisso: não estamos aqui para consertar o mundo e nem a ninguém. Tudo o que pensarmos e fizermos no Bem e pelo Bem refletirá em nós mesmos, em nosso crescimento.

Ao firmar a convicção de crescer, ampliamos os nossos horizontes e ao mesmo tempo nos transformamos em irradiadores do Bem. Irradiando o Bem, a flecha da nossa vontade voltará para nós ainda mais carregada pelo Bem.

Carregando-nos das energias do Bem, estaremos criando à nossa volta um elo de proteção contra “a maldade dos maldosos”. O Bem é a Luz Divina dissipando todas as sombras. Envolvidos pelo elo do Bem, não precisaremos de espadas, lanças e de nenhuma arma de guerra. Depondo as armas, seremos totalmente abraçados pelo Bem Maior, que é Deus.

Nos Braços de Deus, compreenderemos que somos todos Seus filhos, não importando o tamanho da nossa compreensão das coisas. Cada um vive e se alimenta das energias que gera no coração. Iluminados por essa compreensão, teremos a certeza de que amar vale a pena, que viver vale a pena, que persistir nesses ideais vale a pena.

A terra recebe todas as sementes; e as devolve em frutos e flores, para o bom semeador, que não descuidou de adubar e regar sua plantação. Não importa o que aconteça “no canteiro dos outros”. Só podemos ajudá-los com o bom exemplo. E não podemos descuidar do que nos cabe fazer, com a desculpa de que “os outros” não estão fazendo a parte que lhes cabe.

Existe muita terra. Há terra para todos. Um semeador não tem o poder de interferir no trabalho do outro: a Lei e a Justiça Divinas não o permitem. Tenhamos atenção na direção e no ímpeto com que lançamos a flecha da nossa vontade, é o que nos cabe.

Porque, de forma inexorável, aquela flecha voltará para nós, pela atuação da Lei e do Tempo: “a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”. imobiliárias

Pecadores – Zé Pilintra

 

 Sempre de terno e chapéu branco

Seu punhal de aço puro

A Sua gravata vermelha

E o seu ponto é seguro

Na descida do morro ele pensa em parar

Segura o nego, ele quer namorar

Parou num barraco, não vai trabalhar

Não deixa ele entrar…

Quem vem descendo o morro Seu Doutor?

É Seu Zé Pilintra Namorador!

Com seu baralho no bolso

Ele joga pra ganhar

Se der boa noite pro moço

Ele joga até o sol raiar

Na descida do morro ele pensa em parar

Segura o nego, ele quer jogar

Parou num boteco, não vai trabalhar

Não deixa ele entrar…

Quem vem descendo o morro Seu Doutor?

É Seu Zé Pilintra Jogador!

Seu Zé é muito respeitado

Ele dança com gingado

É um malandro aprumado

Que ajuda sempre de bom grado

Na descida do morro ele pensa em parar

Segura o nego, ele quer dançar

Parou na gafieira, não vai trabalhar

Não deixa ele entrar…

Quem vem descendo o morro Seu Doutor?

É Seu Zé Pilintra Dançador! cria um site de graça

Salmo 23 na Umbanda

Oxalá é meu Pastor, nada me faltará.

Deitar – me faz nos verdes campos de Oxossi e Obá.
 
Guia -me, Pai Ogum, mansamente nas águas tranquilas de Mãe Nanã Buruquê.
 
Refrigera minha alma meu Pai Obaluayê.
 
Guia – me, Mãe Iansã, pelas veredas da Justiça de Xangô e Egunitá.
 
Ainda que andasse pelo Vale das Sombras e da Morte de meu Pai Omulu, eu não
temeria mal algum, porque Oyá – Tempo, Logunan, está sempre comigo.
 
A tua vara e o teu cajado, são meus guias na direita e na esquerda.
 
Me consola Mamãe Oxum. Prepara uma mesa cheia de Vida perante mim, minha Mãe Iemanjá.
 
Exu e Pombo gira vos oferendo na presença de meus inimigos.
 
Unge a minha coroa com o óleo consagrado a Olorum, e o meu cálice, que é meu coração, transborda as cores de Oxumarê. E certamente que a bondade e a misericórdia de Oxalá estarão comigo por todos os dias.
 
E eu habitarei na casa dos Orixás, que é Aruanda por longos dias!
 
Que assim seja!
SARAVÁ!!

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