CIGANA THAYLA, E CIGANA THYALA

 (CIGANAS INDIANAS)

São Ciganas irmãs gêmeas , tendo cabelos negros, bem escuros , nariz fino, rosto fino, pele quase morena, diferente das demais pessoas dessa etnia, olhos azuis , com vestimentas indianas de cor azul, quase da cor azul da caneta bic.
 
Ambas são gêmeas idênticas , trabalhando juntas, apesar de cigana Thyala ser mais magra e um pouco menor de estatura , pouca coisa, em relação a sua irmã cigana Thayla.
 
As mesmas, trabalham em uma vibração para os negócios, em especial aqueles onde se trabalha “atrás do balcão” , comerciantes fixos, pois seu pai era um negociante Indiano dos negócios dos tecidos.
 
Ambas o ajudavam nos seus negócios, sendo filhas únicas, tendo sua mãe falecido logo após seu nascimento.
 
São ciganas de um semblante mais sério, denotam serem mulheres independentes, do tipo daquelas administradoras, porém também vibram em uma energia da área dos negócios em geral.
 
Ambas gostam de damasco, uma fruta de origem da china , Rússia e árabe.

Cigano Natan

CIGANO NATAN ERA MORENO E QUEIMADO DO SOL,TINHA OLHOS E CABELOS PRETOS.
NATAN FEZ A PASSAGEM PARA O MUNDO ESPIRITUAL NO DIA 23 DE ABRIL DE 1613, EM MADRI.
ELE USAVA BLUSÃO BRANCO COM MANGAS COMPRIDAS, POR CIMA DO QUAL VESTIA COLETE COR DE CARAMELO. NA CINTURA TRAZIA UMA FAIXA BRANCA NA QUAL PRENDIA SEU PUNHAL DE OURO. SUA CALÇA TAMBÉM ERA DE COR CARAMELO.
ELE USAVA UM CHAPÉU DE COR CARAMELO, ENFEITADO COM UMA PENA BRANCA. LEVAVA NO PESCOÇO UM CORDÃO DE OURO, COM UMA PEQUENA MEDALHA ANTIGA, E UM LENÇO VERMELHO AMARRADO.
NO DEDO ANELAR DA MÃO ESQUERDA TRAZIA UMA GROSSA ALIANÇA DE OURO.
PARA REZAR, PEDIR ETC., ESTE CIGANO UTILIZAVA CRAVOS. NELES ESTAVA A FORÇA DE SUA MAGIA. NATAN COLOCAVA 3 CRAVOS NAS CORES BRANCA, VERMELHA E AMARELA, EM 3 COPOS COM ÁGUA ,NO CHÃO EM FORMA DE TRIÂNGULO ,CUJA A PONTA FICAVA VOLTADA PARA O NORTE, E FAZIA SUAS MENTALIZAÇÕES. EM SEGUIDA ELE OS OFERECIA A PESSOAS QUE PASSAVAM POR ALGUMA NECESSIDADE.
NATAN NÃO LARGAVA NUNCA O COPO DE COURO ONDE COLOCAVA SEUS DADOS. ELE ERA MUITO DESCONFIADO.
ESSE CIGANO TEM UM MISTÉRIO MUITO GRANDE COM O FOGO.
HOJE COMO ESPÍRITO AO CHEGAR NA TERRA ELE SEMPRE DIZ ESSAS PALAVRAS:
” TU LUA , QUE RENOVAS O TEMPO,
LUA NOVA QUE ATRAIS ENERGIA POSITIVA PARA UNS DIAS MELHORES,
TU ÉS O CIRCULO NO CÉU, QUE NOS DÁ FORÇA NA TERRA”.
A FASE DA LUA DE SUA PREFERÊNCIA ERA A NOVA.

Semeando … por Zé Pilintra

 SEMEANDO… POR ZÉ PILINTRA

 

O caminho sobre pedras é áspero. Assim como as almas que se deixaram secar pela desesperança e a amargura. As pedras do caminho nos levam à atenção e à concentração do pensamento, para evitar que os nossos pés sejam, de novo, feridos no atrito.

Assim como as almas que aprendem a persistir no Bem, tendo-o como um compromisso consigo mesmas e ainda que não sejam compreendidas e correspondidas. Caminhar no Bem nem sempre evita as pedras do caminho. Porque muitos trilham o mesmo caminho, com diferentes visões e objetivos. Visões e objetivos representam escolhas. E cada um de nós é livre para escolher.

Escolher implica em assumir consequências. E as consequências chegam sempre àqueles que precisam ser atingidos, pois a Vida não erra o alvo. Somos arqueiro e alvo. Lançamos a flecha da nossa vontade, e as energias da meta que traçamos sempre nos encontrarão de volta. Essa volta pode tecer um saco cheio de pedras.

Semelhante ao peso das almas que colecionam tristezas, derrotas, traições e desânimo. Mas a volta pode ser também o começo de alguma construção, com as muitas pedras encontradas no caminho. Semelhante à sabedoria das almas que, testadas pela maldade e pela ingratidão, cercam-se da plena convicção no Bem e perseveram.

A perseverança no Bem é resultado da compreensão do nosso primeiro e maior compromisso: não estamos aqui para consertar o mundo e nem a ninguém. Tudo o que pensarmos e fizermos no Bem e pelo Bem refletirá em nós mesmos, em nosso crescimento.

Ao firmar a convicção de crescer, ampliamos os nossos horizontes e ao mesmo tempo nos transformamos em irradiadores do Bem. Irradiando o Bem, a flecha da nossa vontade voltará para nós ainda mais carregada pelo Bem.

Carregando-nos das energias do Bem, estaremos criando à nossa volta um elo de proteção contra “a maldade dos maldosos”. O Bem é a Luz Divina dissipando todas as sombras. Envolvidos pelo elo do Bem, não precisaremos de espadas, lanças e de nenhuma arma de guerra. Depondo as armas, seremos totalmente abraçados pelo Bem Maior, que é Deus.

Nos Braços de Deus, compreenderemos que somos todos Seus filhos, não importando o tamanho da nossa compreensão das coisas. Cada um vive e se alimenta das energias que gera no coração. Iluminados por essa compreensão, teremos a certeza de que amar vale a pena, que viver vale a pena, que persistir nesses ideais vale a pena.

A terra recebe todas as sementes; e as devolve em frutos e flores, para o bom semeador, que não descuidou de adubar e regar sua plantação. Não importa o que aconteça “no canteiro dos outros”. Só podemos ajudá-los com o bom exemplo. E não podemos descuidar do que nos cabe fazer, com a desculpa de que “os outros” não estão fazendo a parte que lhes cabe.

Existe muita terra. Há terra para todos. Um semeador não tem o poder de interferir no trabalho do outro: a Lei e a Justiça Divinas não o permitem. Tenhamos atenção na direção e no ímpeto com que lançamos a flecha da nossa vontade, é o que nos cabe.

Porque, de forma inexorável, aquela flecha voltará para nós, pela atuação da Lei e do Tempo: “a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”. imobiliárias

Pecadores – Zé Pilintra

 

 Sempre de terno e chapéu branco

Seu punhal de aço puro

A Sua gravata vermelha

E o seu ponto é seguro

Na descida do morro ele pensa em parar

Segura o nego, ele quer namorar

Parou num barraco, não vai trabalhar

Não deixa ele entrar…

Quem vem descendo o morro Seu Doutor?

É Seu Zé Pilintra Namorador!

Com seu baralho no bolso

Ele joga pra ganhar

Se der boa noite pro moço

Ele joga até o sol raiar

Na descida do morro ele pensa em parar

Segura o nego, ele quer jogar

Parou num boteco, não vai trabalhar

Não deixa ele entrar…

Quem vem descendo o morro Seu Doutor?

É Seu Zé Pilintra Jogador!

Seu Zé é muito respeitado

Ele dança com gingado

É um malandro aprumado

Que ajuda sempre de bom grado

Na descida do morro ele pensa em parar

Segura o nego, ele quer dançar

Parou na gafieira, não vai trabalhar

Não deixa ele entrar…

Quem vem descendo o morro Seu Doutor?

É Seu Zé Pilintra Dançador! cria um site de graça

Salmo 23 na Umbanda

Oxalá é meu Pastor, nada me faltará.

Deitar – me faz nos verdes campos de Oxossi e Obá.
 
Guia -me, Pai Ogum, mansamente nas águas tranquilas de Mãe Nanã Buruquê.
 
Refrigera minha alma meu Pai Obaluayê.
 
Guia – me, Mãe Iansã, pelas veredas da Justiça de Xangô e Egunitá.
 
Ainda que andasse pelo Vale das Sombras e da Morte de meu Pai Omulu, eu não
temeria mal algum, porque Oyá – Tempo, Logunan, está sempre comigo.
 
A tua vara e o teu cajado, são meus guias na direita e na esquerda.
 
Me consola Mamãe Oxum. Prepara uma mesa cheia de Vida perante mim, minha Mãe Iemanjá.
 
Exu e Pombo gira vos oferendo na presença de meus inimigos.
 
Unge a minha coroa com o óleo consagrado a Olorum, e o meu cálice, que é meu coração, transborda as cores de Oxumarê. E certamente que a bondade e a misericórdia de Oxalá estarão comigo por todos os dias.
 
E eu habitarei na casa dos Orixás, que é Aruanda por longos dias!
 
Que assim seja!
SARAVÁ!!

AS FALANGES DE TRABALHO NA UMBANDA

Na Umbanda não incorporam Orixás e sim os falangeiros dos Orixás que são entidades evoluídas espiritualmente que vêem trabalhar nas giras de Umbanda.

Falanges: são agrupamentos de espíritos afins que possuem a mesma vibração.
São elas: pretos velhos, caboclos, exus, crianças, boiadeiros, ciganos, orientais e mestres que trabalham na cura.
 

OS CABOCLOS

 

São entidades, espíritos de índios brasileiros e Sul Americanos, que trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue.
 
Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa áurea e proporcionam uma energia de força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não existe trabalhos de magia que possam lhe dar empregos e favores, isso não é verdade, o trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepara-lo para que nós consigamos o nosso objetivo.
 
A magia praticada pelos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa. Eu sei que infelizmente, existem vários terreiros que praticam esta magia inferior, mas estes são os magos negros, que para disfarçar o seu verdadeiro propósito, se escondem em terreiros ditos de Umbanda para que possam atrair as pessoas e desenvolver as suas práticas negativas, com promessas falsas que sabemos nunca são atendidas.
 
Mais graças a Oxalá, esses terreiros estão acabando, pois, o povo esta tendo um maior conhecimento e buscando a verdade e é através desse caminho, de busca da verdade, que se encontra o verdadeiro caminho da fé.
 
Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, seus pontos riscados, grafia sagrada dos Orixás, traduzem a mais forte magia que existe atualmente, é através desses pontos que são feitas limpezas e evocações de elementais e Orixás para diversos fins, mais a frente falaremos um pouco mais sobre os pontos riscados de Umbanda.
 
Nos seus trabalhos de magia costumam usar pembas, ( giz de várias cores imantados na energia de cada Orixá), velas, geralmente de cêra, essências, flores, ervas, frutas, charutos e incenso. Todo esse material será disposto encima de uma mandala ou ponto riscado, para que esse direcione o trabalho.
Quando fazemos um trabalho para uma entidade de Umbanda e colocamos algum prato de comida, como pôr exemplo espigas de milho cozidas com mel, esta comida não é para o Caboclo comer, espíritos não precisam de comida, o alimento que esta ali depositado, serve como alimento espiritual, isto é, a energia que emana daquela comida e transmutada e utilizada para o trabalho de magia a favor do consulente, da mesma forma o charuto que a entidade esta fumando é usado para limpeza, do consulente através da fumaça e das orações que estas entidades fazem no momento da limpeza, são os chamados passes de Umbanda.
 
Muitas vezes a Umbanda é criticada e chamada de baixo espiritismo, pois seus guias fumam e bebem, mais estas críticas se devem a uma falta de conhecimento da magia ritual que a Umbanda pratica, desde o início, com tanta maestria e poder, e sempre o fará para o bem de todos.

OS PRETOS VELHOS

São espíritos de velhos africanos que foram trazidos para o Brasil como escravos e que trabalham na Umbanda como símbolos da fé e da humildade. Seus trabalhos são de ajuda aqueles que estão em dificuldade material ou emocional, sendo que, o seu trabalho se desenvolve mas para o lado emocional e físico, das pessoas que os procuram, sendo chamados, carinhosamente de psicólogos dos aflitos.
 
Sua paciência em escutar os problemas e aflições dos consulentes, fazem deles as entidades mais procuradas na Umbanda, são chamados de Vovôs e Vovós da Umbanda.
 
Também usam ervas em seus trabalhos de magia e principalmente para rezar pessoas doentes e crianças que estão com mal olhado, suas rezas são conhecidas como poderosas, usam também de patuás, saquinhos que são depositados elementos de magia e que os consulentes usam no corpo para proteção.
 
Da mesma forma que os Caboclos, os Pretos Velhos usam cachimbos para limpeza espiritual, jogando sua fumaça sobre a pessoa que esta recebendo o passe e limpando a aura de larvas astrais e energias negativas.
 

OS BOIADEIROS

 

São espíritos de pessoas, que em vida trabalharam com o gado, em fazendas pôr todo o Brasil, estas entidades trabalham da mesma forma que os Caboclos nas giras, sessões de encorporação na Umbanda.
 
Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem e passando, como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a força e a vontade de conquistar, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta.
Nos seus trabalhos usam de velas, pontos riscados e rezas fortes para todos os fins.
 

AS CRIANÇAS

Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa, atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais procurados para os casos de família e gravidez.

OS EXUS

São entidades em evolução, seu trabalho é dirigido, principalmente a defesa dos seus médiuns e a defesa do terreiro, porém, são muito procurados para resolver os problemas da vida sentimental e material.
 
Costumam trabalhar com velas, charutos, cigarros, bebidas fortes, punhais em seus pontos riscados, pembas brancas, pretas e vermelhas . Devido ao seu temperamento forte e alegre costumam atrair bastante os consulentes , principalmente pôr que quando falam que vão ajudar certamente o farão.

 

EXU CORCUNDA

Exu Corcunda “nasceu” na Espanha, e foi criado por uma família muito devota e católica, estudou em grandes colégios, sempre regado a uma vida de luxo e sofisticação.
 
Quando completou 18 anos, Corcunda foi fazer faculdade, este se formou em direito, mas por pressão da família, por este levar uma vida que eles mesmo denominavam de errante. Foi obrigado por seus pais para se formar padre, após anos de estudo, Ele foi ordenado padre, mas naquela época dava-se inicio a Santa Inquisição Espanhola, na qual um dos atributos era exterminar a povo cigano que tomava conta da Espanha. Por conhecer leis, e ter se formado em direito Exu Corcunda foi nomeado juiz de inquisição, o qual praticou diversos crimes, detendo grande ódio por aqueles que não seguia seus princípios católicos, condenando ciganos, feiticeiros e pessoas que não praticassem a fé católica sem ao menos dar chance de defesa aos acusados.
 
Passado vários anos, seu pai já estava com idade avançada, e este em leito de morte revelou que Corcunda não era seu filho, que este foi deixado na porta por uma família pobre, disse ainda seu pai que esta família era retirante do Egito que estes seguiam a fé cigana.
 
A cólera e a ira tomaram conta de Corcunda e este se rebelou contra seu “pai” e principalmente contra a igreja. Mas isto não bastou pois o que mais lhe perseguia foram seus atos errôneos.
 
E a partir daquele dia Exu Corcunda jurou nunca mais praticar uma injustiça e sempre lembrar de seu passado, o povo que ele tanto odiou agora era o povo que ele fazia parte. Por deixar os  dogmas católicos de lado, foi morto por mais um dos inúmeros julgamentos injustos da Santa Inquisição.
 
No espiritual este faz parte de uma falange comandada pelo Exu Gira-Mundo, trabalhando ao lado dos Exus Meia-Noite e Mangueira. Trabalha com causa de justiça pois vibra no pólo negativo do Orixá Xangô.

Maria Padilha das Sete Calungas

França, final do século dezenove. Juliette estava desesperada. Aos dezessete anos, filha de nobres franceses estava prometida em casamento para o jovem Duque D’areaux.
 
Por coisas que somente à vida cabe explicar, havia se apaixonado por um dos cavalariços de sua propriedade. Entregara-se a essa paixão de forma avassaladora o que culminou na gravidez que já atingira a oitava semana.
 
Somente confiara o segredo à velha ama Marie, quase uma segunda mãe que a vira nascer e dela nunca se afastara, que a aconselhou a fugir com Jean, seu amado. Procurado, o rapaz não fugiu à sua obrigação e dispos-se a empreender a fuga. Sairiam a noite levando consigo apenas a ama, que seria muito útil à moça, e os cavalos necessários para os três. Perto da meia-noite, Juliette e Marie esgueiraram-se pelo jardim e dirigiram-se até o ponto em que o jovem as esperava. Rapidamente montaram e partiram.
Não esperavam, contudo, que um par de olhos os espreitasse. Era Sophie a filha dos caseiros, extremamente apaixonada por Jean. Percebendo o que se passava, correu até a grande propriedade e alertou aos pais da moça sobre a fuga iminente. Antoine, o pai de Juliette, imediatamente chamou por dois homens de confiança e partiu para a perseguição. Não precisaram procurar por muito tempo. A falta de experiência das mulheres fazia com que a marcha dos fugitivos fosse lenta. Antoine gritou para que parassem.
 
Assustado Jean apressou o galope e o primeiro tiro acertou-o no meio das costas derrubando-o do cavalo. Juliette correu para o amado gritando de desespero quando ouviu o segundo tiro. Olhou para trás, a velha ama jazia caída sobre sua montaria. Sem raciocinar no que fazia puxou a arma de Jean e apontou-a para o próprio pai. – Minha filha, solte essa arma! – assim dizendo aproximava-se dela. Juliette apertou o gatilho e o projétil acertou Antoine em pleno coração. Os homens que o acompanhavam não sabiam o que fazer.
 
Aproveitando esse momento de indecisão a moça correu chorando em total descontrole. Havia uma ponte à alguns metros dali e foi dela que Juliette despediu-se da vida atirando-se na água gelada. A morte foi rápida e nada se pode fazer. Responsável direta por três mortes (a dela, do pai e da criança que trazia no ventre) causou ainda, indiretamente mais duas, a de Jean e da ama. Triste destino aguardava o espírito atormentado da moça. Depois de muito vagar por terrenos negros como a noite e conhecer as mazelas de incontáveis almas perdidas encontrou um grupo de entidades que a encaminhou para a expiação dos males que causara. Tornou-se então uma das falangeiras de Maria Padilha. 
 
Hoje em nossos terreiros atende pelo nome de Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga, onde, demonstrando uma educação esmerada e um carinho constante atende seus consulentes sempre com uma palavra de conforto e fé exibindo um sorriso cativante.
 
Laroiê Exu Mulher, Salve dona Maria Padilha.

ÀBÍKÚ / ABICU – 1a. Parte

“Nascido para morrer” / “Nascer e morrer” / “O parimos e ele morreu”

A palavra abicu quer dizer:
A     –     Aquele ou aquela que possui
Bi    –     Ao nascer
Ikú   –     A morte
Sucessivos abortos numa mesma mulher, partos seguidos da morte da criança recém-nascida, morte de crianças ou jovens, repentinas e associadas a estágios significativos de vida, tais como mudanças nas fases de crescimento, aniversários, casamento ou nascimento do primeiro filho, são identificados como acontecimentos ligados aos Àbíkú.
 
A tradução literal é “nascido para morrer” (a bi ku), designando crianças ou jovens que morrem antes de seus pais. Há, portanto, dois tipos de abicu: o primeiro, Àbíkú – omode, designando crianças e o segundo, Àbíkú – Agbá, referindo-se a jovens ou adultos que morrem, via de regra, em momentos significativos de suas vidas e sempre antes dos pais, apresentando nisso uma alteração da ordem natural que socialmente é aceita e entendida como: aqueles que chegaram ao Aiyé (mundo físico) primeiro voltam ao Orun (mundo espiritual). Nessa questão, além da lógica natural, está presente a garantia da continuidade no Aiyé e a certeza da lembrança e do culto ao ancestral que deixa descendentes que recontarão sua história ao longo dos tempos, garantindo sua “sobrevivência” na comunidade.
Aquele que nasce para morrer. Uma reencarnação que foi perdida por causa da criança (menino ou menina) que morreu, vai voltar a reencarnar e quando reencarnar está dentro do culto de ancestralidade que é cultuado na África numa sociedade Oboni. Então nós temos toda uma geração que fala dessa ancestralidade, da reencarnação desse morto que não completou a sua reencarnação, aí sim, isso é obtido através do jogo de búzios e do caminho de Ifá, tanto o Opele-Ifá como o Fatê-Ifá (na peneira), é que vai saber da sua ancestralidade e a posição que você ocupa porque as pessoas que tem esse tipo de problemas quando voltam eles tem um título dentro do culto de abicu chamado Emurê, então esse Emurê vai gerar outros. A cultura abicu aumentou muito nos últimos anos e hoje temos informações mais precisas, porque antigamente só se conhecia dois tipos de abicu que eram os dos gêmeos, um nasceu e o outro morreu, ou seja, aquele que precisou de alguém morrer para ele nascer, e também o caso que ao nascer à mãe morreu de parto. Esses eram os casos mais conhecidos nos caminhos de abicu.
 
Hoje, o termo abicu está associado a uma parte muito negativa. No caso o abicu clássico aonde a mulher engravida várias vezes e sempre perde os filhos. Nesse caso, normalmente o jogo pode apontar que ali existe um espírito abicu que vem à terra e que morre seguidas vezes dentro da família, isso é uma coisa muito complicada, muito negativa e muito triste para a família. Existem outros caminhos de abicu que são aquelas pessoas que, por exemplo, ao nascerem tem o parto difícil, crianças que são puxadas a ferro, que demoram a nascer, que nascem com o cordão umbilical enrolado no pescoço, que nascem com empelicarias, essas crianças na hora em que elas nascem, devido a aproximação da energia da morte, é como se toda a programação da vida dessa pessoa fosse acompanhada não apenas da energia da vida, mas também da energia da morte. 
 
Como as energias da vida e da morte são energias contrárias, então essas pessoas sempre têm muita dificuldade em ter a plenitude de sua vida e desenvolver plenamente o seu potencial na sua vida. 
Alguns exemplos de pessoas com esse lado negativo abicu: A pessoa nunca consegue ter uma estabilidade financeira na vida, sempre tem dificuldades nunca conseguem. Para outras pessoas esse negativo abicu pode interferir na saúde, a pessoa tem sempre a saúde abalada, para outros pode interferir na sorte de amor, a pessoa tem uma grande dificuldade em ser feliz emocionalmente, afetivamente, sempre tem um entrave, sempre tem um problema. Para cada pessoa esse negativo acontece em sua vida de uma forma diferente e isso normalmente vem de herança familiar, isso vem de problemas d família, de ancestralidade, tanto que é justamente com a ancestralidade, com a força de Iyámi e de Egum que são os principais métodos onde poderemos neutralizar essa negatividade, inclusive são indicados obrigações anuais, a pessoa uma vez por ano deve fazer um determinado tipo de bori, determinadas ritualidades para manter esse negativo, esse carrego abicu sempre controlado para que  a pessoa possa ter uma vida realmente plena e 100% desenvolvida em tudo que ela deseja e de acordo com o seu potencial.

Orixás e entidades da Umbanda e do Candomblé.

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