Pombo Gira Menina das 7 Porteiras

Mulher sedutora, andarilha da rua, jeito menino que fascina, menina que engana o luar…
Nascida em Maceió, Maria Madalena trocou a luxúria por uma vida simples ao lado de um grande amor, grande amor esse que ao longo do tempo se revelou um falso amor, uma pessoa de índole duvidosa, o que fez a mesma fugir e se embriagar na dita “vida fácil” que como a mesma diz nada tem de fácil; o tal homem ao descobrir que Mª Madalena havia fugido grávida resolveu ir atrás dela. A jovem sempre foi de pensamento firme, jamais voltando atrás de suas decisões, e não retornou para casa.
O homem doente de ciúmes e inconformado com tal situação resolveu  então matar Mª Madalena, que aos 17 anos morre bruscamente sendo esquartejada em sete pedaços, cabeça, tronco, braços, ventre (este com um bebê com 7 meses).
Cada  membro foi colocado em uma porteira de cemitério, ficando assim conhecida como “MENINA DAS SETE PORTEIRAS”.

Pombo Gira Viúva Negra

A Pomba Gira Viúva Negra, sempre foi muito bela, lindo olhar sedutor… Mas tinha sérios problemas para conseguir namorados, e um relacionamento duradouro, e um dia em um momento de raiva, ela decidiu se entregar a magias, encantamentos e feitiços.

 

Se tornando assim uma feiticeira muito forte! E o seu encantamento sedutor passou a encantar todos os homens que a viam, e fazendo assim, muitos homens cometerem loucuras infundadas.

 

Com o passar dos anos, a Viúva Negra, começou a usar suas magias, e feitiçaria para enriquecer, e casou-se muitas vezes, se tornando viúva inúmeras vezes. Ficou então conhecida como a Viúva Negra.

 

Na umbanda, ela vem, muito sedutora e cheia de encantamentos, auxilia as mulheres e homens em relacionamentos, para conseguir amores; Sempre vestida de preto com um véu sobre seus longos cabelos negros… Na Quimbanda, conhecida como uma feiticeira muito poderosa que faz encantamentos e feitiços para a prosperidade, riqueza e para conseguir amarrar grandes amores.

 

Pouco conhecida na Umbanda, por ser confundida muitas vezes por Cigana das Rosas, por trazer sempre em suas mãos um buquê de rosas vermelhas… Mas todos já ouviram falar desta feiticeira bela e poderosa! Ela morreu viúva, mas muito rica, e é considerada feiticeira poderosa, trabalha junto de Maria Padilha do Cruzeiro das Almas, nossa Rainha Feiticeira.

Pombo Gira Rainha dos Sete Cruzeiros

A Pombo Gira Rainha dos Sete Cruzeiros da Calunga (Pombo Gira dos Sete Cruzeiros), é uma entidade muito forte, e todo cuidado deve ser tomado no que se refere à sua evocação, conjuração ou mesmo quanto a sua incorporação. Como seu próprio nome já diz, trabalha com as radiações e energias do Cruzeiro do cemitério.
 
Seus despachos, oferendas, ebós, amalás e similares, na maioria dos casos devem ser colocados neste local, mudando apenas por ordem explicita da mesma. Atua esta entidade, em casos onde casais estejam brigando, chegando ao ponto de poderem se matar.
Possui esta entidade a capacidade de anular quaisquer trabalhos feitos dentro do cemitério, ou mesmo no Cruzeiro, que possuam este objetivo, ou seja de destruir por completo um casamento, uma família.
É sua força também requisitada, quando há problemas com um dos cônjuges, por exemplo, quando há frigidez, impotência, e similares, e que por conseqüência destes distúrbios físicos venha ocorrer transtornos na vida do casal. Os resultados são os melhores, havendo a extinção radical destes problemas. 
 
É também muito requisitada esta entidade, quando o consulente, é vítima de perseguições, injustiças e demandas espirituais. Esta pomba Gira, tem grande destaque pois é a companheira de Exala uma lascívia, e é grande auxiliadora em casos de amor, somente em casos de amor, mas amor de verdade, podendo ser funesto os resultados de sua ajuda a paixões pérfidas.
 
É de uma beleza e vaidade raras. Admira verdadeiramente as pessoas que lutam por seus ideais. Aprecia ser presenteada, contudo não exige presentes por seus trabalhos, exige sim, os materiais necessários para realização de seus encantamentos e realização de seus trabalhos.
 
Há quem confunda a Rainha do Cruzeiro com a Rainha das Sete encruzilhadas, mais saibam que são duas entidades de muito respeito, mas bem distintas… A Rainha do Cruzeiro governa com o Exu do Cruzeiro das Almas , todos os cruzeiros centrais do campo santo, onde são enviados todas aquelas entidades que querem fazer parte do Reino dos Exus e esperam a suas distintas colocações e seleção. 
 
Para fazer parte deste povo maravilhoso, não basta querer, tem que merecer e ser capaz de assumir e cumprir todas as missões especificadas pelo astral médio e superior. A Pombo-Gira Rainha do Cruzeiro trabalha para a Rainha das sete encruzilhadas, elas pertencem a mesma falange, mais suas funções se diferenciam no mundo astral.
 
A Rainha do Cruzeiro é uma pomba-gira muito exigente e muito fria no seu modo de agir, pois esta mais acostumada a lidar com espíritos mais perversos. Por isto quando chega no mundo, vem para brindar, e dançar… não gosta de muitas brincadeiras, faz a sua gira e já procura um lugar para sentar! Quando simpatiza com alguém esta pessoa já tem sua proteção de graça, mais quando não gosta, faz questão de ignorar, mostrando que dela nada irão ter. 
 
Adora usar poucas roupas e insinuantes, mais quase sempre está enrolada em uma capa de veludo preto e bordo. Tem verdadeiro facínio por perfumes e rosas vermelhas e brancas. Suas oferendas não podem faltar cigarrilhas e champanhes doces e caras.
 
 
Lenda
 
 
O Senhor das Encruzilhadas, quando chegou no mundo astral, pegou a gira do cruzeiro como companheira e ela lhe mostrou todo o astral inferior, e nestas andanças ao limbo ele encontra sua antiga mulher que era sua Rainha na vida terrena a qual nunca esqueceu e então passou a cuida-la. 
 
Quando o exu Mor nomeou o Senhor das Encruzilhadas em Rei das Sete Encruzilhadas… ele ordenou que a Gira do Cruzeiro tomasse conta do astral inferior lhe dando o título de Rainha do Cruzeiro… e foi viver com sua antiga mulher no médio astral… onde a titulou como Rainha das Sete encruzilhadas, dando a ela todos os poderes que a ele foi dado pelo o Exu Mor.
 
A Rainha do Cruzeiro se sentido abandonada pelo Exu Rei, resolveu formar seu próprio reinado e nomeou o Exu do Cruzeiro das almas como seu fiel escudeiro e namorado.
 
Os dois juntos governam os reinos dos cruzeiros das almas, mais também recebem suas oferendas em encruzilhadas. É falso quando dizem que as duas Rainhas é uma só ou que ambas se odeiam… São rainhas de reinos distintos que quando na terra muito se respeitam.
 
A Rainha do cruzeiro gosta de trabalhar para a sedução pois é uma pomba-gira muito sedutora, costuma se apresentar com cabelos loiros acastanhados, Olhos claros e chamativos seus trajes são curtos negros e vermelhos, trabalha para a guerra e amarração de casais que se amam, mais nunca peça a ela para separar um casal, pois ela se aborrecerá profundamente com quem for lhe pedir este intento! 

Pombo Gira Maria Rosa

Maria Rosa é uma pomba-gira que trabalha na linha das almas, mais também recebe suas oferendas em cruzeiros de pomba-giras. 

Trabalha para o amor e tudo que estiver envolvido neste sentido, sendo para união, castigo ou dano. Deve se ter muito cuidado para o que se pede para esta gira, pois ela trabalha da linha de Obá, e é vulgarmente conhecida como Maria Navalhada.

Nunca tente pedir um companheiro(a) para esta entidade se este for casado, pois ela trabalha com as navalhas de baixo da sua saia e voce é quem sairá sofrendo neste dano, pois ela não entrega quem cobiça homem casado. Agora se quiser alguém solteiro e que este não esta lhe dando bola… seus trabalhos são infalíveis e pode apostar que o que pedir terá! basta ter fé no poder desta maravilhosa entidade

POMBA GIRA SETE ONDAS

TEXTO DE CLAUDIA BAIBICH

“EXPLICANDO A POMBA GIRA SETE ONDAS”

A definição de onda é tida como qualquer perturbação (pulso) que se propaga em um meio. Ex: uma pedra jogada em uma piscina (a fonte), provocará ondas na água, pois houve uma perturbação. Essa onda se propagará para todos os lados, quando vemos as perturbações partindo do local da queda da pedra, até ir na borda. Uma sequência de pulsos formam as ondas.

Chamamos de Fonte qualquer objeto que possa criar ondas.
 
A onda faz a transferência de energia cinética da fonte, para o meio.
 
Através delas, energia pode ser transmitida por longas distâncias e a grande velocidade. A energia da luz solar é um exemplo disso.
 

Assim, compreende-se melhor, o trabalho de Dona Sete Ondas: Ela é a Onda que faz a transferência energética da Fonte (Orixá) para o meio (consulente, médium ou ambiente) tendo como principal função, trazer a renovação.

Após os trabalhos de outras Guardiãs, como: desobsessões, encaminhamentos, quebras de demandas e abertura de caminhos, entra em ação Dona Sete Ondas”.
 

Um consulente, só chega até uma Pomba Gira Sete Ondas, quando demais aspectos de sua vida já foram trabalhados e ele encontra-se “pronto” para ser agraciado com “o novo”.

Todas as falangeiras “SETE ONDAS”, apresentaram-se de forma altiva e alegre, como uma amiga que prenuncia “Boas Novas”. Sua incorporação não é tão comum em comparação com as de Maria Mulambo, por exemplo. Mas é belíssimo ver a chegada de uma Sete Ondas, com sua dança que lembra o movimento ondulante do mar. Esse movimento já é uma reciclagem energética realizada no médium que a incorpora, e a distribuição de seu Axé.
 

Outra peculiaridade de seu trabalho, é a sua manifestação em alguns médiuns quando o trabalho encaminha-se para o encerramento.

A Senhora Guardiã Sete Ondas, tem um papel importantíssimo na reciclagem energética e deveria ser chamada mais vezes nas densas Giras de Guardiões.
Incorporar uma Sete Ondas é sentir um misto de energia revigorante e leveza. Sentimo-nos como se estivéssemos sendo levados por um mar de alegria e serenidade.

Mas a sua função na vida dos consulentes é fazer com que o mesmos aceitem deixar para trás velhos condicionamentos e padrões de comportamentos desgastados que os impedem de evoluir.
Sempre dizemos que Pombas Giras nos ajudam na medida de nosso merecimento e no devido tempo, quando já estamos preparados para receber e usufruir conscientemente essa “ajuda”, e isto torna-se uma regra irrevogável com a Sete Ondas.
 
Em muitos casos, o Trabalho da Pomba Gira Sete Ondas, realiza-se sem o contato direto com o consulente numa consulta, através da incorporação em um médium, embora isso também ocorra.
 

As Sete Ondas trazem reciclagem energética, renovação das esperanças, desejo de mudanças e estímulo para vencer.
Constituem uma Falange específica, trabalham nas Sete Linhas, podem receber oferendas em todos os sítios da natureza e suas falangeiras são realmente encantadoras.

LAROIÊ SENHORA SETE ONDAS!

Pombo Gira das Sete Cobras

Pombo Gira das Sete Cobras

É uma pombo gira rara, vista apenas em sessões de magia negra e catimbó, muito perigosa e extremamente pontual , se com ela for feito um acordo logo será cumprido e cobrado , tem uma beleza hipnotizadora seu alhar é tremulo , e sombrio , é uma pomba gira de palavra e para ela só a palavra basta , suas magias são difíceis de serem desfeitas sua ferramenta são sete chocalhos de cobra e suas vestes são escuras de cores fortes verdes , pretas e corais , sua gargalhada e baixa e junto com o barulho de cobra , não é de virar , quando vira é para trabalho, e logo se vai , essa pomba gira não é de brincadeira , suas atividades são voltadas a feitiçaria, magia negra, e suas ferramentas de trabalho são perigosas. Sua falange pertence aos espíritos da mata. Gosta de trabalhar  com: separações, traições, amarrações, defesa dos inimigos, encantos .

Feito por Emidio de Ogum

Pombo Gira Maria Rosa

Maria Rosa é uma pomba-gira que trabalha na linha das almas, mais também recebe suas oferendas em cruzeiros de pomba-giras. Trabalha para o amor e tudo que estiver envolvido neste sentido, sendo para união, castigo ou dano.

 

Deve se ter muito cuidado para o que se pede para esta gira, pois ela trabalha da linha de Obá, e é vulgarmente conhecida como Maria Navalhada. Nunca tente pedir um companheiro(a) para esta entidade se este for casado, pois ela trabalha com as navalhas de baixo da sua saia e você é quem sairá sofrendo neste dano, pois ela não entrega quem cobiça homem casado. Agora se quiser alguém solteiro e que este não esta lhe dando bola… seus trabalhos são infalíveis e pode apostar que o que pedir terá! basta ter fé no seu poder.

Pomba gira Maria Bonita

Nasceu na Bahia onde foi uma criança muito levada.Tinha Brigas freqüentes com seus pais ,onde muitas vezes chegava a bater neles.
Aos 13 anosde idade engravidou pela a primeira vez e fez um aborto sozinha, utilizando -se de um objeto pontiagudo.
Aos 15 anos engravidou novamente,e provocou o segundo aborto..
Aos 17 anos encontrou sua grande paixão , e mais uma vez engravidou ,porém desta vez,não conseguiu levar a gravidez até o final , perdendo o bebê. Por causa desta grande paixão envolveu-se em uma briga de rua e morreu esfaqueada.
Teve 4 encarnações contado que essa foi a última. Em todas não foi uma boa pessoa, sempre praticando o mal.
 
Sua última encanação foi a 50 anos atrás.
Hoje vem na linha de Exu que prática o bem… Trabalha na linha de Iansã..onde é orienta pela a pomba-gira Rainha.
 
Pôr ser uma pomba- gira e ser orientada pela a pomba- gira Rainha pode fazer diversos tipos de trabalhos mas seus trabalhos principais aos quais foi designada, são para as pessoas envolvidas com drogas bebidas ou algum tipo de desequilíbrio ,devido ao tipo de vida que levou em suas encarnações. 

 

Tata Mulambo

Tata Mulambo viveu há muito mais tempo do que possamos imaginar. Segundo ela, está desencarnada há 107 anos. Era rainha da província onde vivia e estava sempre cercada de muito luxo, bons tecidos, ouro, prata muitos súditos e muita riqueza.

 

 

Conta a lenda que certa vez, em um de seus passeios fora do castelo, Tata Mulambo, conheceu um camponês por quem se apaixonou à primeira vista e iludida com aquele sentimento tão grande, deixou o seu reino para procurá-lo, levando parte de sua riqueza pois, acreditava poder ser feliz ao seu lado. 
 
Ela o procurou nas ruas, nos bares, nas praças, cabarés, mas não o encontrou.
De rainha, passou à mulambo, se entregou à bebida, aos farrapos e à prostituição. suas vestes de rainha rasgaram-se ao longo do tempo pelas suas caminhadas, seu ouro foi roubado e as jóias foram trocadas por bebida até que um dia, foi encontrada morta. 
Desorientada pelos caminhos que havia seguido até então, queria se vingar daquele homem que mesmo sem saber, era o único culpado pela sua desgraça e o encontrou recolhido em seu lar junto de sua família.
A lenda diz que Tata Mulambo havia matado três pessoas antes de desencarnar, mas essa grande Pombo Gira, depois de sua morte, voltou e matou o pobre homem, sua esposa e seu filho de 07 meses.

 

Pomba Gira Maria Pimenta

Esta pomba gira geralmente vem na falange de Maria Padilha e da Malandragem , assim como a pimenta  sua ferramenta de trabalho é bem apimentada , lida com o poder da discórdia como ninguém é totalmente alegre e consegue  tirar qualquer pessoa do serio em segundos, lida com facilidade em trabalhos de brigas e grandes confusões geralmente quem carrega essa pomba gira e  a deve atrai muitas brigas e discórdias e tem poucos amigos, gosta de bebidas fortes , gosta de bebidas misturadas e carregadas de pimenta admira vermelho e amarelo , pomba gira nova desencarnou a poucas décadas adora rosas vermelhas no cabelo .

Quando se deve essa pomba gira ela atrai muito seu cavalo para bares e bebidas e confusões .
Quando a pomba gira é tratada seus cavalos tem sorte no amor e na parte financeira .
Pomba gira Maria Pimenta geralmente é escrava de Nanã, Oxum ou  Oyá.

Reino de Exú na Quimbanda (Kimbanda)

O culto da  Kimbanda tem sete reinos, sendo sua organização remanescente das organizações tribais em reinos na África Banto. Cada Reino é composto por nove povos de Exu, sendo que cada povo é comandado por um Exú-Chefe. Essas classificações são lugares e energias aonde pertence ou moram estes exús de Umbanda, mas também conhecido e cultuado no Candomblé. 
1) Reino das Encruzilhadas – Que sendo chefiado por Exu Rei das Sete Encruzilhadas e Pombo gira Rainha das Sete Encruzilhadas, governa todas as passagens dos Exús que ali trabalham. Sua função principal é abrir os caminhos para os outros Guias chegarem e também para os filhos e fregueses.
2) Reino dos Cruzeiros – Chefiado pelo Exu Rei dos Sete Cruzeiros e Pombo gira Rainha dos Sete Cruzeiros, governa todas as passagens dos Exús que trabalham nos cruzeiros (não confundir com encruzilhada). 
3) Reino das Matas – Chefiado pelo Exu Rei das Matas e Pombo gira Rainha das Matas. Governa todos os Exús que trabalham nas matas ou locais que tenham árvores a exceção do Cemitério, que pertence a outro reino. 
4) Reino da Kalunga Pequena (Cemitério) Governado pelo Exu Rei das Sete Calungas ou Kalungas e Pombo gira Rainha das Sete Kalungas. Esses Exús também são chamados pelo nome de Rei e Rainha dos Cemitérios. Geralmente quando se diz “calunga” nas giras de Kimbanda é para nomear ao cemitério. Trabalham neste reino todos os Exu que moram dentro dos cemitérios exclusivamente.
5) Reino das Almas – Chefiado por Exu Rei das Almas Omulu e Pombo gira Rainha das Almas. Eles também são conhecidos por Rei e Rainha da Lomba, porque governam todos os Exús que trabalham em locais altos. Porém, os Exús deste reino também trabalham em hospitais, morgues, etc. 
6) Reino da Lira – Os chefes deste reino são muito mais conhecidos por seus nomes sincréticos: Exu Lúcifer e Maria Padilha, sendo na verdade seus nomes kimbandeiros Exu Rei das Sete Liras e Rainha do Candomblé (ou Rainha das Marias). Seus apelidos kimbandeiros mostram justamente sua afinidade pela dança, a música e a arte (lira e candomblé). Dentro do reino da Lira, que também às vezes é chamado “reino do candomblé” não pelo culto africanista aos orixás, senão por ser essa palavra o sinônimo de dança e música ritual. Trabalham aqui todos os Exús que tem que ver com a arte, a música, poesia, boemia, artes ciganas, malandragem, etc. 
7) Reino da Praia – Governado por Exu Rei da Praia e Rainha da Praia. Dentro dele encontram-se todos os Exús que trabalham nas praias, perto d’agua o ainda dentro dela, podendo ser salgada ou doce.

Pombo Gira

A Pomba-Gira é uma entidade espiritual de psiquismo feminino, pertencente, tanto às linhas da Umbanda como da Quimbanda ou do Candomblé.  É um Exú mulher. Era invocada na Idade Média com o nome de Klepoth, como também é conhecida no Ocultismo. Diz ela ser mulher de 7 exús. Trabalha na esquerda, devido à sua situação espiritual. Sendo feminina, é muito vaidosa, vingativa, interesseira, maliciosa, inteligente e sensualíssima, gosta de fazer mexericos, intrigas, seduzir moças e mulheres à pratica de atos contrários à ética e à moral, colocando-se no mau caminho, principalmente se elas são médiuns e não querem trabalhar ou desenvolver-se. 
Gosta de champanhe, mas bebe também licores, whisky com soda e fuma cigarros bons ou cigarrilhas. Recebe seus presentes nas encruzilhadas em forma de “T”. Sua cor é o vermelho vivo, tanto nas velas como nas roupas e guias (colares). Adora rosas vermelhas, cor de sangue, roupas elegantes, jóias e perfumes caríssimos. 
A Pomba-Gira comanda 7 falanges compostas de 7 legiões de exús mulheres, cada uma das quais toma diversas identificações: Maria Padilha, Maria Molambo, Sete Saias, Sedutora, Pomba-Gira Menina, da Praia, das Almas, das Matas, etc.  Não se deve também invocá-las para prejudicar alguém, instigando-lhe o instinto ainda condicionado a atividades inferiores. Satisfazendo-lhe a vaidade e pedido ela trabalha para o bem, beneficiando, assim, tanto quem pede como a ela que serve apenas de instrumento. 
Há quem pense que as Pombas-Giras, por darem gargalhadas quando incorporadas, são felizes. Isso não é verdade ou, pelo menos, não reflete a realidade. A gargalhada é uma manifestação emocional característica da linha de Esquerda, assim como o “Kiô” pertence à Linha de Caboclos ou mesmo o “Aleluia” é expressão dos evangélicos. Porém, observa-se não ser uma explosão de riso espontânea, alegre, e sim um grito impulsivo, disfarçando tristeza depositada no fundo da alma desses espíritos, pois, nem nós, encarnados, somos felizes longe da luz e da perfeição angélica. 
Há muitas pessoas que as associam com prostitutas, ou simplesmente, mulheres que gostam de se expor aos homens e sedentas por sexo. As distorções e preconceitos são características dos seres humanos quando eles não entendem corretamente algo, querendo trazer ou materializar conceitos abstratos, distorcendo-os. Essas nossas irmãs em Deus nada mais são que espíritos desencarnados, que como os Exús  viveram na Terra e hoje, por afinidade fluídica, militam como mais uma corrente de trabalho protetora.
 
Não temos culpa se certos “médiuns” medíocres dão passividade para quiumbas ou mesmo fingem uma incorporação de uma Pombo Gira, para serem aceitos e terem suas opiniões e mesmo trejeitos aceitos pela comunidade religiosa. Com certeza, exteriorizam somente aquilo que suas mentes doentias acham ser certo.
Dentro da hierarquia das Pombos Giras, estão divididas em níveis diversas outras Pombos Giras, da mesma forma que as demais legiões. É claro que em alguns casos podem ocorrer que uma delas em alguma encarna­ção tivesse passado pela experiência dolorosa de ser uma prostituta, mas, isso não significa que todas as Pom­bos Giras tenham sido prostitutas e que assim agem. As que foram, hoje estão integradas na Umbanda, a fim de realizarem a grande reforma íntima através da caridade e do me­diu­nismo redentor.
Não se torna uma Pomba Gira pelo simples fato de se ter errado perante as Leis Divinas. Afinal, quem nunca errou na vida? Ser uma Pombo Gira exige preparo, conhecimento, magia, discernimento e muito amor. É mais uma corrente de trabalho espiritual na Umbanda, onde espíritos seletos atuam na faixa vibratória que mais se afinizam.
As Pombo Giras não são a representação da sexualidade e nem da sensualidade, mas sim freiam os des­vios sexuais dos seres humanos e direcionam essas energias para a construção da espiritualização, evitando a destruição espiritual e material de cada ser.
A sensualidade desenfreada destrói o homem: a volúpia. Este vício moral é alimentado pelos encarnados e desencarnados pela invigilância das Leis de Deus, criando um ciclo ininterrupto  caso as Pomba Giras não atuem neste campo emocional, freiando-o e redirecionando-o.
As Pomba Giras são gran­des magas e conhecedoras das fra­quezas humanas. São executa­do­ras da Lei. Cabe às elas esgotar os vícios ligados ao sexo, equilibrando o ser humano.
Gostaríamos de salientar que as Pombo Giras não são Exús fêmeas como dizem muitas das literaturas encontradas, mas sim, é mais uma das hierarquias de Deus; regidas pelo Poder Reinante do Desejo do Divino Criador.
O que acontece é que para tudo no universo funcionar à necessidade de polarização, ou seja, existirem os pólos positivos e negativos para se completarem e tudo funcionar. O Exú e a Pomba Gira se polarizam, pois se o Exú é o fator vitalidade, fertilidade e princípio da vida, a Pomba Gira é o fator desejo e estímulo. O fator “Desejo” não significa somente o desejo do sexo, mas sim tudo que se relaciona com a nossa vontade de obter. Exemplo: desejo de comer uma maçã, de tomar um café, de ler um bom livro, de viver, de lutar pela vida, de se curar, de casar, de se tornar mãe, etc. Se estamos desejando algo, conseqüentemente estaremos sendo irradiados pelo poder maior de Deus; o seu desejo. Portanto o desejo é fundamental em nossas vidas e sem ele seríamos apáticos em todos os sentidos. O Criador gerou o desejo como uma das suas qualidades ou fatores, pois sem vibrarmos os desejos nada desejaríamos e nos tornaremos além de apáticos, desinteressados e paralisados.
Os fatores vigor, fertilida­de e princípio da vida (Exu) e desejo, estímulo (Pomba Giras) se completam, se polarizam crian­do nos seres as condições ideais que os ativará em todos os sentidos e os in­duzirá a assumir com vigor e paixão tu­do que almejam. A Pombo Gira é um ser cuja presença desperta o de­sejo e o estímulo.
Talvez seja o fator irradiado por ela que muitas pessoas a confundiram com uma prostituta, pois confundiram ser ela somente o desejo da carne, excluindo todos os desejos da vida.
Tudo que se refere ao estudo sobre os Exús vale também para as Pombos Gira, ou seja, elas se manifestam através de espíritos incorporados as suas hierarquias. Elas são elementos mágicos ativados através de oferen­das e elementos reli­giosos quando ativa­dos num Templo. 
Tam­bém são agentes da Lei de Deus que po­dem ser ativadas pela Lei Maior. Os Exús vitalizam/desvitalizam, as Pomba Giras esgotam o emocional ou despertam o de­sejo.
Exemplo: A Mãe Oxum irradia o amor em todos os sentidos da vida e a Pomba Gira irradia o desejo de amar. Desta forma está completa a manifestação agregadora do amor dando-lhe fluidez e expansão, pois amar algo e sentir desejo de amá-lo apegando-nos a este “algo” amado, que pode ser uma hierarquia superior, religião ou pessoa, é amor; agora para que esse amor se complete, à necessidade do desejo de se amar esse algo. Quando existe excesso de amor e desejo e esse se torna uma viciação, ai sim a Pomba Gira esgota o emocional do ser, apaziguando-o para que retorne ao caminho justo do seu equilíbrio.
As Pomba Giras de Trabalho são tão maravilhosas quanto os Exús  Elas realizam curas, até mesmo de enfermidades dadas como incuráveis, desmancham trabalhos de magia negra, resolvem problemas, nos dão conselhos preciosos de como bem dirigir nossas vidas, enfim, fazem tudo pelas pessoas bem intencionadas que as procuram para a prática da caridade. É uma pena que ainda existam pessoas que as procuram somente para desmanchar relacionamentos amorosos ou conquistar alguém.

POMBAS GIRA ATUAM:

• Nas descargas pa­ra neutralizar cor­rentes de elementa­res/elementais vam­pi­rizantes, bem conhecidos como sú­cu­bus e íncubos, que atuam negati­va­men­te, por meio do sexo, fazendo de suas ví­timas verdadeiros escravos das distor­ções sensuais.
• Cortando trabalhos de magia sexual negativa e as ditas “amarrações”, pois ninguém deve se ligar a ninguém a força. Isto é considerado pelos tribu­na­is do astral como desvio de carma e as sanções para aqueles que realizam tais trabalhos são as mais sérias possíveis.
• Cortando trabalhos de magia negra, pois não é permitido pela Lei Divina que as pessoas ou espíritos possam fazer o que bem entenderem, ainda mais ferindo o Livre Arbítrio alheio.
• Neutralizando correntes e trabalhos feitos para desmanchar casamentos.
• Trabalham incansavelmente no combate as hostes infernais, quando estas procuram atingir injustamente quem não merece.
• Trabalham no combate das vicia­ções que escravizam os médiuns, protegendo-os das investidas do baixo astral, quando se fazem merecedores.
• Fazem à proteção dos Terreiros onde habita a Espiritualidade Maior, principalmente onde se pautam pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
• Combatem a leviandade, promovendo a firmeza que trás o respeito através do poder da palavra. Tais atributos e a harmonia de seus efeitos combinados, trazem a serenidade mental, onde os Orixás atuam, pois quem não sabe o que pensa, não sabe o que diz.
• Trabalham incansavelmente fazendo de um tudo para que seus médiuns possam galgar graus consciências luminosos perante a espiritualidade maior, equilibrando-os, auxiliando-os, mas jamais são coniventes com os desmandos de seus pupilos, corrigindo-os, às vezes, implacavelmente, para que possam enxergar seus erros e retomarem a senda da Luz.
• As Pomba Giras, como entidades de trabalho, não são e nunca foram espíritos lascivos, tenebrosos, viciados, atrasados e maldosos, como muitos querem doutrinar.
• As Pomba Giras atuam no combate aos quiumbas (na medida do possível ajudando-os a evoluir) e no combate das energias desvairadas e viciantes; nas cobranças e nos reajustamentos emotivos e passionais; nas cobranças da Lei Divina (carma); nas emoções e nas ações dos indivíduos.
• As Pomba Giras conhecem profundamente os mais íntimos segredos dos seres humanos e que apesar dos absurdos em seus nomes, ainda assim, nos auxiliam a evoluir, esperando pacientemente à hora de nossa maturidade.
• A Pombas Gira são valorosas Guardiãs da Antiga Sabedoria, da Tradição da Umbanda. Não são vulgares. São guerreiras, heroínas, protetoras e grandes magas.
Lembre-se que nenhuma Pomba Gira JAMAIS atua negativamente na vida de qualquer ser, promovendo desuniões, feitiçarias, magias negras, fofocas, maledicências e toda sor­te de coisas ruins.

Maria Dos Prazeres Padilha

A família Padilha é uma família nobre portuguesa   O nome, originário em homenagem a segunda esposa  de Pedro I de Castela, Dª. Maria Padilha de Castela, da Casa de Padilha (Antiga Família Padilla), em Castela, na Espanha Ibérica, pertencente a Dinastia de Borgonha. Padilha foi uma família efetivamente ligada à Casa Real Portuguesa, com vínculos à Casa Real Espanhola, e a todas as demais casas reais da Europa, e dela houve quatro Mestres da Calatrava e um de Santiago e, durante muito tempo, o cargo de Adiantado-Mor de Castela.
Significado: O termo Padilha é a pronuncia, aportuguesada, originária da palavra espanhola padilla,  em castelhano, é o nome dado a uma ferramenta utilizada por padeiros; também podendo se referir a um determinado tipo de forno de pedra, ao qual se utilizavam pás de cabo longo para posicionar os alimentos no interior. O nome Padilha foi adotado pelos descendentes de Maria de Padilla, a qual teve o nome alterado para Maria Padilha após seu casamento com Dom Pedro I de Castela.
Origem: O nome Padilha originou-se do nome da nobreza espanhola Padilla , mais especificamente de Dª.Maria de Padilla , mais conhecida como Maria Padilha,  a amante, conselheira e, posteriormente, esposa de Dom Pedro I de Castela. Alguns séculos depois da época do lendário Dom João III I, existia um lugar denominado Padilla, em Miranda de Castro Xerez, próximo de Burgos, o qual foi povoado por Dom Pedro I de (Rei de Castela e Leão, filho de Maria de Portugal e Afonso XI de Castela). Em uma de suas províncias   Palencia, vivia a suntuosa Maria dePadilla.
Maria de  Padilla (filha de Juan Garcez de Padilla, o senhor de  Villagera, e de Maria de Henestrona) foi apresentada a Dom Pedro I, por intermédio de João Afonso de Albuquerque, O Conde de Albuquerque, , mordomo-mor de  Maria de Portugal (rainha de Castela) e artífice do casamento de Dom Pedro I de Castela, com Branca de Bourbon. Maria de Padilla tornou-se amante de Dom Pedro I de Castela e passou a influenciá-lo nas mais importantes decisões. Foi graças a Maria de Padilla, em 1353, que Dom Pedro I de Castela, o jovem rei de 19 anos, escolheu governar como um autocrata apoiado no povo. O que lhe valeu o apelido de Justiceiro.
No dia  25 de Fevereiro de 1353, Branca de Bourbon chegava de Valladolid, com seu séquito chefiado pelo Visconde de Narbona  , mas Pedro I encontrava-se em Torrijos  com Maria de Padilla prestes a dar à luz. Em  03 de Junho, do mesmo ano, houve a cerimônia da boda de Pedro de Castela com Branca de Bourbon, apadrinhada por Dom Juan Afonso de Albuquerque e sua tia Leonor de Aragão. Três dias mais tarde, o rei voltou para Puebla de Montalbán , onde Maria de Padilla o aguardava. Após uma breve reconciliação em  Valladolid , Dom Pedro I de Castela partiu, juntamente com Maria de Padilla, para Olmedo, onde se casou, secretamente, com Maria e abandonou sua esposa. 
Após o casamento com Dom Pedro I de Castela, Maria de Padilla muda seu nome para Maria Padilha para adequar-se a pronúncia dialética de Olmedo Nascendo, assim a linhagem da família Padilha. A Casa Real de Padilha.
O partido político, adverso a Pedro, descobre que ele havia se casado, secretamente, com Maria Padilha e exerce pressão política contra o reinado de Pedro. Don Beltran de la Sierra, núncio do papa, intimou o rei a retomar Branca como sua esposa. O rei, entretanto, preferiu mantê-la presa, levando-a de  Siguenza para Jerez de la Frontera e para Medina Sidonia, aonde foi envenenada pelo ballestero Juan Perez de Rebolledo.
Quando tudo parecia bem, a desgraça recai sobre a casa real. Algumas semanas após a morte de Branca de Bourbon, em Medina Sidonia, Maria Padilha, morre da peste bubônica de 1361 .Após sua morte todos os herdeiros, pertencentes à Casa de Padilla mudaram seus títulos para Padilha.

Dª. Maria Padilha e Dom  Pedro I tiveram quatro filhos.

  • Beatriz,  infanta de Castela (Córdoba, 23 de março de 1354-1369 Todesillas) freira na Abadia de Santa Clara;
  • Costança , infanta de Castela ( Castrojeriz, Castela, julho de 1354-24  de março de 1394, no castelo de Luicester 1354-24 de março de 1394 no castelo de Leiceste) casada em  21 de setembro de 1371,em Roquefort-sur-Mer, na Aquitânia, com João Plantageneta de Gaunt  , João de  Gauntou João de  Gand (Flandres 1340-1399),  Duque de Lencastre, filho de Eduardo II de Inglaterra  e Filipa de Hainaut, viúvo desde 1369 de Branca de Derby. Foi pretendente de 1372 a 1387 ao trono castelhano, chegando a se intitular “Rei de Castella”. Teve uma filha, Catarina de Lancaster ou Gaunt ( morta em 1418,) que em  1388 casou com Henrique III de Castela (morto em 1406)  ), irmão de  Fernando II de Antequera, filhos de João de Castela. 
  • Isabek, infanta de Castela (nascida em Morales no verão de 1355 e morta em 23 de Novembro de 1393) casou-se em Hertford em 01 de março de 1372 com Edmundo Plantageneta de Langley (1341-01 de agosto de 1402) Conde de Cambridge em 1385 Duque de York, irmão do precedente pois era o 4º filho de Eduardo II de Inglaterra   e Filipa de  Hainaut. Tiveram três filhos: Ricardo (1375-1415), Conde de Cambridge  ;Constança e Eduardo Plantageneta (1373 -1415)); em  1390, Conde re Rutland.
  • Afonso,  príncipe herdeiro de Castela (Tordesillas, 1359-19 de outubro de 1362).

Dos descendentes de Maria Padilha, o primeiro que passou a Portugal foi Pedro Noberto de Arnot Padilha, que foi Secretário do Palácio, na Repartição do Minho.  Ele procede de Diogo Miranda de Padilha ,que viveu no reinado de Dom Sancho III, de Navarra (994 -1035)). O segundo de que temos notícia é  Lopo Fernandes de Padilha que, no reinado de Dom Fernando, fez parte da comitiva da princesa Dª. Beatriz ,quando de seu casamento com Dom João de Castela. No reinado de Dom João III de Portugal, foram concedidas cartas de armas: em 30 Abr 1530, a Dom Bartolomeu Fermandez Padilha, escudeiro da casa de Dom João III de Portugal, e em 23 Ago 1532, seu irmão, Dom Francisco Fernandes Padilha, por descenderem dos Padilha  de Castela. Na igreja do Convento do Carmo, do lado do Evangelho , logo no princípio da nave, defronte do claustro, foi construído o carneiro de jazida dum  fidalgo castelhano, Cristovão Fernandes Padilha, a quem Dom João III  deu o foro do escudeiro fidalgo e o foro de brasão de armas. Esta capela, no séc  XVIII, pertencia ao conhecido autor das Raridades da Natureza de Hancourt Padilha, cavaleiro fidalgo e escrivão do desembargo d Paço.

O Cavaleiro da Ordem de Sant’lago Dom Cristovão Fernandes Padilha, cavaleiro espanhol, filho de Fernão Soeiro Fernandes Padilha, casou com Dª. Ana de Miranda, filha de Dom Pedro de Miranda com quem teve Dom Sebastião Padilha. Este casou com Dª. Filipa Osório , filha de Dom Belchior Osório e de Catarina Henriques.  Desse matrimônio nasceu Dom Luis Padilha de Miranda, Cavaleiro da Ordem de Avis e provedor dos Coutos.

Dom Diogo Fernandes Padilha, foi pai de Dom Lázaro Padilha, cavaleiro da Ordem de Cristo    que casou com Dª. Maria Ribeiro Salazar, filha de Dom Gaspar Ribeiro de Arévalo, espanhol, e de Dom Francisca Cifuentes de Castela. Deste casamento nasceu Dª. Bárbara de Padilha, que adquiriu matrimônio com seu primo Dom Luis Padilha de Miranda, acima referido, gerando os Haucourt Padilha e a Família Assud Miranda, que viraram  ciganos , mas que o utilizavam o Brasão dos Padilha.

BRASÃO DA FAMÍLIA PADILHA

Da Casa de Padilha: Um escudo pleno, contendo três pás de prata, em posição vertical, sobre fundo azul, cercado por nove meias-luas, em prata, sendo três acima das pás, três abaixo das pás, uma à direita das pás e duas a esquerda das pás; Um timbre de Águia Imperial Nascente, de cor negra com adornos prata; Um virol, na cor azul e negra, aos pés da Águia Imperial; Dois Paquifes, um a cada lado do Escudo Pleno, nas cores azul e prata.

AS CORES

Para cada cor do brasão da Casa de Padilha existe um significado singular.

  • Prata: pureza, integridade, firmeza e obediência
  • Azul: zelo, lealdade, caridade, justiça, lealdade, beleza e boa reputação.
  • Negro: prudência, astúcia, tristeza, rigor e honestidade
  • A Águia Negra: Conhecida como Águia Imperial Nascente, por ser a insígnia peculiar do Sacro Império Romano . Representada em cor negra, ornada em prata, com as asas abertas, de pontas voltadas para cima, a cauda espalmada, as pernas abertas com as garras estendidas, a cabeça voltada para o flanco direito, ereta, com a língua de fora. —Essa é a posição estendida. A Águia pode ser vista, figuradamente, como símbolo de força, de grandeza e de majestade. Foi muito usada em brasões de exércitos, figurando nos estandartes de Ciro, rei dos Persas, e, mais tarde, durante o segundo consulado de Mário, encimando as lanças que eram insígnias das legiões. Na simbologia cristã aparece como possível símbolo da ressurreição e o triunfo de Cristo e do cristianismo. Foi também o símbolo da alma humana, o símbolo das artes. Chama-se de águia o homem muito perspicaz, penetrante, que vê longe; superior em inteligência.

Consolo de Maria Padilha

História de Maria Padilha dos sete cruzeiros da Calunga

França, final do século dezenove. Juliette estava desesperada. Aos dezessete anos, filha de nobres franceses estava prometida em casamento para o jovem Duque D’areaux. Por coisas que somente à vida cabe explicar, havia se apaixonado por um dos cavalariços de sua propriedade. Entregara-se a essa paixão de forma avassaladora o que culminou na gravidez que já atingira a oitava semana.

Somente confiara o segredo à velha ama Marie, quase uma segunda mãe que a vira nascer e dela nunca se afastara, que a aconselhou a fugir com Jean, seu amado. Procurado, o rapaz não fugiu à sua obrigação e dispôs se a empreender a fuga. Sairiam a noite levando consigo apenas a ama, que seria muito útil à moça, e os cavalos necessários para os três. Perto da meia-noite, Juliette e Marie esgueiraram-se pelo jardim e dirigiram-se até o ponto em que o jovem as esperava. Rapidamente montaram e partiram. Não esperavam, contudo, que um par de olhos os espreitasse.

Era Sophie a filha dos caseiros, extremamente apaixonada por Jean. Percebendo o que se passava, correu até a grande propriedade e alertou aos pais da moça sobre a fuga iminente. Antoine, o pai de Juliette, imediatamente chamou por dois homens de confiança e partiu para a perseguição. Não precisaram procurar por muito tempo. A falta de experiência das mulheres fazia com que a marcha dos fugitivos fosse lenta. Antoine gritou para que parassem.

Assustado Jean apressou o galope e o primeiro tiro acertou-o no meio das costas derrubando-o do cavalo. Juliette correu para o amado gritando de desespero quando ouviu o segundo tiro. Olhou para trás, a velha ama jazia caída sobre sua montaria. Sem raciocinar no que fazia puxou a arma de Jean e apontou-a para o próprio pai. – Minha filha, solte essa arma! – assim dizendo aproximava-se dela. Juliette apertou o gatilho e o projétil acertou Antoine em pleno coração.

Os homens que o acompanhavam não sabiam o que fazer. Aproveitando esse momento de indecisão a moça correu chorando em total descontrole. Havia uma ponte à alguns metros dali e foi dela que Juliette despediu-se da vida atirando-se na água gelada. A morte foi rápida e nada se pode fazer. Responsável direta por três mortes (a dela, do pai e da criança que trazia no ventre) causou ainda, indiretamente mais duas, a de Jean e da ama.

Triste destino aguardava o espírito atormentado da moça. Depois de muito vagar por terrenos negros como a noite e conhecer as mazelas de incontáveis almas perdidas encontrou um grupo de entidades que a encaminhou para a expiação dos males que causara. Tornou-se então uma das falangeiras de Maria Padilha. Hoje em nossos terreiros atende pelo nome de Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga, onde, demonstrando uma educação esmerada e um carinho constante atende seus consulentes sempre com uma palavra de conforto e fé exibindo um sorriso cativante.lista de emails

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