A Moça dos Caminhos e das Encruzilhadas
04 Jan 2013 3 comentários
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Maria Dos Prazeres Padilha
14 Nov 2012 2 comentários
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Dª. Maria Padilha e Dom Pedro I tiveram quatro filhos.
- Beatriz, infanta de Castela (Córdoba, 23 de março de 1354-1369 Todesillas) freira na Abadia de Santa Clara;
- Costança , infanta de Castela ( Castrojeriz, Castela, julho de 1354-24 de março de 1394, no castelo de Luicester 1354-24 de março de 1394 no castelo de Leiceste) casada em 21 de setembro de 1371,em Roquefort-sur-Mer, na Aquitânia, com João Plantageneta de Gaunt , João de Gauntou João de Gand (Flandres 1340-1399), Duque de Lencastre, filho de Eduardo II de Inglaterra e Filipa de Hainaut, viúvo desde 1369 de Branca de Derby. Foi pretendente de 1372 a 1387 ao trono castelhano, chegando a se intitular “Rei de Castella”. Teve uma filha, Catarina de Lancaster ou Gaunt ( morta em 1418,) que em 1388 casou com Henrique III de Castela (morto em 1406) ), irmão de Fernando II de Antequera, filhos de João de Castela.
- Isabek, infanta de Castela (nascida em Morales no verão de 1355 e morta em 23 de Novembro de 1393) casou-se em Hertford em 01 de março de 1372 com Edmundo Plantageneta de Langley (1341-01 de agosto de 1402) Conde de Cambridge em 1385 Duque de York, irmão do precedente pois era o 4º filho de Eduardo II de Inglaterra e Filipa de Hainaut. Tiveram três filhos: Ricardo (1375-1415), Conde de Cambridge ;Constança e Eduardo Plantageneta (1373 -1415)); em 1390, Conde re Rutland.
- Afonso, príncipe herdeiro de Castela (Tordesillas, 1359-19 de outubro de 1362).
Dos descendentes de Maria Padilha, o primeiro que passou a Portugal foi Pedro Noberto de Arnot Padilha, que foi Secretário do Palácio, na Repartição do Minho. Ele procede de Diogo Miranda de Padilha ,que viveu no reinado de Dom Sancho III, de Navarra (994 -1035)). O segundo de que temos notícia é Lopo Fernandes de Padilha que, no reinado de Dom Fernando, fez parte da comitiva da princesa Dª. Beatriz ,quando de seu casamento com Dom João de Castela. No reinado de Dom João III de Portugal, foram concedidas cartas de armas: em 30 Abr 1530, a Dom Bartolomeu Fermandez Padilha, escudeiro da casa de Dom João III de Portugal, e em 23 Ago 1532, seu irmão, Dom Francisco Fernandes Padilha, por descenderem dos Padilha de Castela. Na igreja do Convento do Carmo, do lado do Evangelho , logo no princípio da nave, defronte do claustro, foi construído o carneiro de jazida dum fidalgo castelhano, Cristovão Fernandes Padilha, a quem Dom João III deu o foro do escudeiro fidalgo e o foro de brasão de armas. Esta capela, no séc XVIII, pertencia ao conhecido autor das Raridades da Natureza de Hancourt Padilha, cavaleiro fidalgo e escrivão do desembargo d Paço.
O Cavaleiro da Ordem de Sant’lago Dom Cristovão Fernandes Padilha, cavaleiro espanhol, filho de Fernão Soeiro Fernandes Padilha, casou com Dª. Ana de Miranda, filha de Dom Pedro de Miranda com quem teve Dom Sebastião Padilha. Este casou com Dª. Filipa Osório , filha de Dom Belchior Osório e de Catarina Henriques. Desse matrimônio nasceu Dom Luis Padilha de Miranda, Cavaleiro da Ordem de Avis e provedor dos Coutos.
Dom Diogo Fernandes Padilha, foi pai de Dom Lázaro Padilha, cavaleiro da Ordem de Cristo que casou com Dª. Maria Ribeiro Salazar, filha de Dom Gaspar Ribeiro de Arévalo, espanhol, e de Dom Francisca Cifuentes de Castela. Deste casamento nasceu Dª. Bárbara de Padilha, que adquiriu matrimônio com seu primo Dom Luis Padilha de Miranda, acima referido, gerando os Haucourt Padilha e a Família Assud Miranda, que viraram ciganos , mas que o utilizavam o Brasão dos Padilha.
BRASÃO DA FAMÍLIA PADILHA
Da Casa de Padilha: Um escudo pleno, contendo três pás de prata, em posição vertical, sobre fundo azul, cercado por nove meias-luas, em prata, sendo três acima das pás, três abaixo das pás, uma à direita das pás e duas a esquerda das pás; Um timbre de Águia Imperial Nascente, de cor negra com adornos prata; Um virol, na cor azul e negra, aos pés da Águia Imperial; Dois Paquifes, um a cada lado do Escudo Pleno, nas cores azul e prata.
AS CORES
Para cada cor do brasão da Casa de Padilha existe um significado singular.
- Prata: pureza, integridade, firmeza e obediência
- Azul: zelo, lealdade, caridade, justiça, lealdade, beleza e boa reputação.
- Negro: prudência, astúcia, tristeza, rigor e honestidade
- A Águia Negra: Conhecida como Águia Imperial Nascente, por ser a insígnia peculiar do Sacro Império Romano . Representada em cor negra, ornada em prata, com as asas abertas, de pontas voltadas para cima, a cauda espalmada, as pernas abertas com as garras estendidas, a cabeça voltada para o flanco direito, ereta, com a língua de fora. —Essa é a posição estendida. A Águia pode ser vista, figuradamente, como símbolo de força, de grandeza e de majestade. Foi muito usada em brasões de exércitos, figurando nos estandartes de Ciro, rei dos Persas, e, mais tarde, durante o segundo consulado de Mário, encimando as lanças que eram insígnias das legiões. Na simbologia cristã aparece como possível símbolo da ressurreição e o triunfo de Cristo e do cristianismo. Foi também o símbolo da alma humana, o símbolo das artes. Chama-se de águia o homem muito perspicaz, penetrante, que vê longe; superior em inteligência.
Consolo de Maria Padilha
09 Nov 2012 31 comentários
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MENSAGEM DA POMBA GIRA MARIA PADILHA DAS ALMAS
21 Out 2012 47 comentários
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A Entidade Tem Que Dizer Tudo?
Sempre escuto isso: “A Entidade tem que falar tudo!” E sempre digo isso: “Claro que não!”
Até quando meus filhos, vocês vão fingir que não entendem? Porquê “burros” vocês não são! Não vêem que não somos os donos da verdade? A verdade está dentro de cada um de vocês e Deus independe da verdade ou da mentira…
Ele é onisciente, ou seja, tudo só Ele o sabe! Já olharam para si mesmos, procurando identificar o quanto há de orgulho neste pensamento?
É como se vocês se achassem mais importantes do que os outros e chegam até pensar que, nós todos, espíritos em evolução, tivéssemos a obrigação de dizer o que vocês por covardia não falam!
Mas falam que nós, Exús e Pomba Giras, não seguramos a língua dentro da boca! E vocês? Basta virarem as costas pra soltarem a língua também!
Não somos iguais a essas “máquinas” de fazer dinheiro, que soltam uma “bolada” pra chamar a atenção do mundo inteiro!
E repito, pra chamar a atenção do mundo inteiro, assim: “Joguem, joguem mais, cada vez mais” Jogar? Só se for jogar fora, iah, há, há…E enquanto isso, nem percebem que o que vocês têm é o que realmente tem valor!
Passam uma vida inteira tentando viver que nem um doutor! E acabam vivendo que nem um computador! Iah, há, há, joga o laço seu Zé, no filho de pouca fé! Já devem estar pensando: “Nós todos, espíritos em evolução, mas e os espíritos de luz?” Iah, há, há…
Nós todos, espíritos em evolução sim, pois a escuridão só existe no pensamento dos filhos! Se todos caminham para a eternidade, só pode haver Luz, pois na escuridão ninguém caminha pra lugar algum, iah, há, há…!
Nos olhos de quem vê, é tiro na certa… Nos olhos de quem crê, é bala que adoça a alma e logo enxerga!
Maria Padilha das Almas .
História da Pomba Gira Maria Padilha
30 Ago 2012 7 comentários
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Maria Padilha das Sete Calungas
27 Ago 2012 4 comentários
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MARIA PADILHA DO PÓ DO CEMITÉRIO
14 Ago 2012 2 comentários
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Maria Padilha das Sete Encruzilhadas
14 Jul 2012 3 comentários
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Maria Padilha das Sete Encruzilhadas
Uma breve história
Núbia estava satisfeita e feliz. Depois de uma misteriosa doença, sua prima, a rainha Velma, havia sucumbido. E ela sabia do que se tratava, fora ela quem, diariamente, pingara gotas de um poderoso veneno nas refeições da soberana.
O caso amoroso que mantinha com o rei Alberto finalmente teria um final feliz. Para ela, claro! Mal pode conter a alegria quando foi notificada da morte da prima. Fez um tremendo esforço para derramar algumas lágrimas durante o féretro, porém seus pensamentos fervilhavam, imaginava os detalhes de sua coroação. Havia o período de luto de no mínimo três meses, mas isso era de menos,
Alberto estava totalmente apaixonado e faria de tudo para casar-se com ela o mais rápido possível.
Aí sim, a glória e o poder que sempre foram daquela tonta seriam dela para frente. Várias vezes tivera que cobrir o rosto com seu lenço negro para que ninguém percebesse o sorriso de satisfação que aflorava em seus lábios.
Terminadas as exéquias, Núbia procurou pelo amante para dizer-lhe que estava pronta para ser sua nova mulher, esperariam o luto oficial e poderiam começar os preparativos para o casamento e coroação.
A reação de Alberto fez seu coração gelar:
– Núbia foi você que matou minha mulher?
Negou peremptoriamente.
Ela jamais teria coragem de fazer qualquer mal à sua prima, mesmo amando seu marido, pelo contrário, perdera noites de sono para permanecer à cabeceira da doente. Como podia ele pensar isso dela?
– Núbia!
– Alberto estava gritando
– A casa tem criados, será que você é tão imbecil que não percebe que eu descobriria?
O desespero tomou conta da mulher, sentiu que a situação havia fugido de seu controle. Jogou-se aos pés do homem implorando perdão:
– Eu te amo demais, não agüentava mais ficar longe de você!
As lágrimas corriam livremente.
– Ela não te amava, sou eu que o amo!
Sem pestanejar, Alberto chamou pelos guardas palacianos e mandou que a levassem a ferros para o porão do castelo onde ficaria até que ele decidisse o que fazer.
Durante três anos permaneceu presa. Chorava muito e amaldiçoava a todos. O pior, porém era o fantasma de Velma que todas as noites a visitava. A imagem da rainha surgia ricamente vestida e a olhava com piedade balançando a cabeça em sinal de desaprovação.
Nesses momentos os gritos que dava ecoavam pelos corredores do palácio. Da bela e arrogante mulher, nada mais restava. Tornara-se um trapo humano.
Um dia veio o golpe fatal. A criada que lhe trazia as refeições informou-lhe que o rei havia anunciado seu casamento com uma jovem duquesa.
As horas que se seguiram a essa descoberta foram de horror, a imagem da rainha falecida permaneceu sentada no fundo do cubículo e não desviava o olhar tristonho de acusação.
Num acesso de fúria avançou sobre o espectro.
Debilitada, tropeçou nas próprias vestes e caiu batendo a têmpora na pedra onde Velma estivera sentada.
Seu espírito vagou por anos. Aprendeu muito e descobriu que havia sido rainha em outras encarnações, mas que nunca fora exemplo de bondade ou compaixão.
Como Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, readquiriu o porte majestoso de antigas vivências e segue em busca de evolução. Sempre que está em terra lembra que há muito a aprender, mas que tem muito a ensinar.
Maria Padilha de Castella
14 Jul 2012 2 comentários
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Maria Padilha de Castella
Maria Padilha das Almas
14 Jul 2012 Deixe um comentário
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Maria Padilha das Almas
Tereza invadiu a igreja de uma forma como nunca havia feito antes. Não se benzeu e nem ao menos olhou para a imagem de Cristo, que de sua cruz, agonizante, parecia olhar diretamente para ela enquanto avançava pela nave. Precisava falar com o padre Olavo nesse instante, não havia tempo a perder. – Padre! – seu grito ecoou pelas paredes repletas de símbolos aos quais ela sempre dera imenso valor, mas que nesse momento nada mais eram que meras imagens que apontavam-lhe o dedo culpando-a pelo pecado gravíssimo que cometera. – Padreee! A voz subira de tom a ponto de atrair imediatamente o coroinha que estava a dormitar atrás do altar. – Dona Tereza! O padre Olavo foi atender um doente que precisa de extrema unção! A mulher sentou-se em uma cadeira da primeira fila e desatou em copioso pranto. O menino sem saber o que fazer correu para a rua e encontrou o padre que vinha já bem perto. – Dona Tereza está chorando como louca lá na igreja, o caso deve ser sério! – Olavo sentiu um baque no peito. – O que teria acontecido? Alguém teria descoberto? – Tudo bem Jonas, pode ir para casa que eu cuido disso. Apressou o passo e da porta ouviu o choro da mulher. – Tereza, o que houve? – Com um salto ela levantou-se e com o dedo estendido para ele gritou: – Eu estou grávida, cafajeste! Grávida de você! Como pode deixar isso acontecer? Você me jurou que isso não seria possível, que não podia ter filhos. O que faço agora? Meu nome será lançado na lama! E meu marido? Meus filhos? – Calma! – ele tentava ganhar tempo enquanto em sua cabeça as imagens passavam em turbilhão. – O que faria com essa louca? Fora ela quem o seduzira, enfiara-se em sua cama, nua, em uma tarde que gostaria de esquecer. Tentara-o com seu belo corpo e se entregara de forma avassaladora. Porque dizia que o filho era seu? Ele mesmo sabia de seus amantes, ditos em momentos de confissão muito antes da tarde fatídica. -Vamos sentar, respire fundo! Como sabe que é meu? – Falava pausadamente tentando inspirar confiança – Não pode ser de seu marido ou… de outro? – Só o que me faltava era isso – o tom subira novamente – me engravida e ainda me chama de vagabunda. Nunca mais dormi com homem algum depois de nosso encontro, meu marido viaja muito e nas poucas vezes que esteve em casa, não me entreguei a ele, por amor a você! – Depois de pensar um pouco falou: – Então não há alternativa além do aborto, procure uma dessas velhas rezadeiras e dê um jeito nisso, o que espera que eu faça? – Precisamos fugir, eu abandono tudo para ficar ao seu lado! – desesperada segurava a batina do padre com força – Teremos nosso filho longe daqui! – Tentando ganhar tempo Olavo tirou as mãos dela de sua roupa. dirigiu-se ao altar e tamborilou com os dedos sobre a branca toalha, virou-se com raiva: – Nunca! Vire-se! Você foi a culpada, me levou para a perdição agora quer acabar comigo? Como posso largar o sacerdócio e viver com uma prostituta que deita em qualquer cama com qualquer um? – Tereza deu um grito de ódio e partiu para cima do padre. Havia um punhal em sua mão. A lâmina afiada foi cravada no abdômen do rapaz que caiu de joelhos. Tereza continuava com a arma na mão manchada com o sangue do padre e foi com ela que cortou a própria jugular, tendo morte quase instantânea. Por muitos anos o espírito de Tereza foi torturado pelas visões dessa e de outras vidas em que sempre causara sofrimento e mortes. Ao atingir um nível de compreensão adequado ao caminho evolutivo, tornou-se Maria Padilha das Almas, e ainda hoje busca ajudar a todos que a procuram tentando fazer com que novas almas não se percam como ela se perdeu por diversas vezes. Somente quem já teve contato com essa grande pomba-gira, sabe dos conselhos firmes dados por ela e da tristeza que ainda deixa transparecer em suas incorporações. Laroiê a Padilha das Almas!
Maria Padilha das Sete Catacumbas
14 Jul 2012 Deixe um comentário
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Maria Padilha das Sete Catacumbas
Vativa ficou totalmente arrepiada quando ouviu o que a bruxa lhe disse: – Precisamos do sangue de um inocente! – Sua mente imediatamente focalizou a imagem de Yorg, seu pequeno filho de apenas três anos. Seus pensamentos vagaram por alguns instantes enquanto a mulher remexia em um pequeno caldeirão de ferro.
Estava ali por indicação de uma vizinha que conhecia o problema pelo qual estava passando. Era casada, não tinha queixas do marido, mas de repente parece que uma loucura apoderou-se dela. Apaixonara-se por um rapazote de dezessete anos, ela uma mulher de trinta, bela e fogosa não resistira aos encantos do adolescente e sua vida transformou-se em um inferno. Já traíra seu marido algumas vezes, mas desta vez era algo fora do comum, não conseguia conceber a vida longe do rapaz. Conversando com a vizinha, a quem contava tudo, esta aconselhou: – Vá falar com a bruxa Chiara ela resolve o assunto para você. – Pensou durante alguns dias e não resistiu, foi procurar pela feiticeira.
O ambiente era horrível e a aparência da mulher assustadora, alta, muito magra, com apenas dois dentes na boca, vestia-se inteiramente de preto e fora logo dando a solução: – Vamos matar seu marido, aí você fica livre e se muda para outro povoado, bem distante, levando seu amante! – Vativa ficou assustada, não era essa a idéia. Não tinha porque matar seu marido. Não havia um jeito mais fácil? – De forma alguma, se o deixarmos vivo, quem morre é você! Mas não se preocupe eu cuido de tudo. – Foi aí que ela falou do sangue inocente. – A senhora está tentando dizer que tenho que sacrificar meu filho? – Para fazer omelete, quebram-se ovos… Vativa não estava acreditando, a mulher dizia barbaridades e sorria cinicamente. Levantou-se e saiu correndo apavorada. A risada histérica dada por Chiara ainda ecoava em seus ouvidos quando chegou a casa.
Desse dia em diante suas noites tornaram-se um tormento, bastava fechar os olhos para ver aquele homem (Sete Catacumbas) todo de preto que a apontava com uma bengala: – Agora você tem que fazer! – Em outras ocasiões ele dizia: – Você não presta mesmo, nunca prestou! – Vativa abria os olhos horrorizados e não conseguia mais dormir.
Uma noite, já totalmente transtornada com a aparição freqüente, saiu gritando pela casa. Ouvindo os gritos da mãe o pequeno Yorg acordou e desatou a chorar. Sem saber como, a faca apareceu em sua mão. – Cale a boca garoto dos infernos! – A lâmina penetrou por três vezes no pequeno corpo. Retomando a consciência não suportou a visão do crime cometido e caiu desmaiada. Na queda, a vela que iluminava o pequeno ambiente caiu-lhe sobre as vestes e em pouco tempo o fogo consumia tudo.
Por muitos anos o espírito de Vativa vagou até conseguir a chance de evoluir junto a um grupo de trabalhadores de esquerda, mas se há uma coisa que ela odeia é relembrar o fato, por isso poucas vezes o comenta. Com posto garantido na falange do cemitério detesta ser lembrada para amarrações e perde a compostura quando há um pedido do gênero.
Hoje todos a conhecem pela grandeza dos trabalhos que pratica na linha da guardiã Maria Padilha das Sete Catacumbas ao lado do Senhor Exú das Sete Catacumbas, pois todo médium que recebe Seu Sete recebe também Maria Padilha das Sete Catacumbas em algumas ocasiões, caso contrário após muito tempo recebendo somente Seu Sete passa a sentir-se pesado.
O ambiente era horrível e a aparência da mulher assustadora, alta, muito magra, com apenas dois dentes na boca, vestia-se inteiramente de preto e fora logo dando a solução: – Vamos matar seu marido, aí você fica livre e se muda para outro povoado, bem distante, levando seu amante! – Vativa ficou assustada, não era essa a idéia. Não tinha porque matar seu marido. Não havia um jeito mais fácil? – De forma alguma, se o deixarmos vivo, quem morre é você! Mas não se preocupe eu cuido de tudo. – Foi aí que ela falou do sangue inocente. – A senhora está tentando dizer que tenho que sacrificar meu filho? – Para fazer omelete, quebram-se ovos… Vativa não estava acreditando, a mulher dizia barbaridades e sorria cinicamente. Levantou-se e saiu correndo apavorada. A risada histérica dada por Chiara ainda ecoava em seus ouvidos quando chegou a casa.
Desse dia em diante suas noites tornaram-se um tormento, bastava fechar os olhos para ver aquele homem (Sete Catacumbas) todo de preto que a apontava com uma bengala: – Agora você tem que fazer! – Em outras ocasiões ele dizia: – Você não presta mesmo, nunca prestou! – Vativa abria os olhos horrorizados e não conseguia mais dormir.
Uma noite, já totalmente transtornada com a aparição freqüente, saiu gritando pela casa. Ouvindo os gritos da mãe o pequeno Yorg acordou e desatou a chorar. Sem saber como, a faca apareceu em sua mão. – Cale a boca garoto dos infernos! – A lâmina penetrou por três vezes no pequeno corpo. Retomando a consciência não suportou a visão do crime cometido e caiu desmaiada. Na queda, a vela que iluminava o pequeno ambiente caiu-lhe sobre as vestes e em pouco tempo o fogo consumia tudo.
Por muitos anos o espírito de Vativa vagou até conseguir a chance de evoluir junto a um grupo de trabalhadores de esquerda, mas se há uma coisa que ela odeia é relembrar o fato, por isso poucas vezes o comenta. Com posto garantido na falange do cemitério detesta ser lembrada para amarrações e perde a compostura quando há um pedido do gênero.
Hoje todos a conhecem pela grandeza dos trabalhos que pratica na linha da guardiã Maria Padilha das Sete Catacumbas ao lado do Senhor Exú das Sete Catacumbas, pois todo médium que recebe Seu Sete recebe também Maria Padilha das Sete Catacumbas em algumas ocasiões, caso contrário após muito tempo recebendo somente Seu Sete passa a sentir-se pesado.
Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga
14 Jul 2012 Deixe um comentário
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Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga
França, final do século dezenove. Juliette estava desesperada. Aos dezessete anos, filha de nobres franceses estava prometida em casamento para o jovem Duque D”areaux. Por coisas que somente à vida cabe explicar, havia se apaixonado por um dos cavalariços de sua propriedade. Entregara-se a essa paixão de forma avassaladora o que culminou na gravidez que já atingira a oitava semana. Somente confiara o segredo à velha ama Marie, quase uma segunda mãe que a vira nascer e dela nunca se afastara, que a aconselhou a fugir com Jean, seu amado. Procurado, o rapaz não fugiu à sua obrigação e dispos-se a empreender a fuga. Sairiam a noite levando consigo apenas a ama que seria muito útil à moça e os cavalos necessários para os três. Perto da meia-noite, Juliette e Marie esgueiraram-se pelo jardim e dirigiram-se até o ponto em que o jovem as esperava. Rapidamente montaram e partiram. Não esperavam, contudo, que um par de olhos os espreitasse. Era Sophie a filha dos caseiros, extremamente apaixonada por Jean. Percebendo o que se passava correu até a grande propriedade e alertou aos pais da moça sobre a fuga iminente. Antoine, o pai de Juliette, imediatamente chamou por dois homens de confiança e partiu para a perseguição. Não precisaram procurar por muito tempo. A falta de experiência das mulheres fazia com que a marcha dos fugitivos fosse lenta. Antoine gritou para que parassem. Assustado Jean apressou o galope e o primeiro tiro acertou-o no meio das costas derrubando-o do cavalo. Juliette correu para o amado gritando de desespero quando ouviu o segundo tiro. Olhou para trás, a velha ama jazia caída sobre sua montaria. Sem raciocinar no que fazia puxou a arma de Jean e apontou-a para o próprio pai. – Minha filha, solte essa arma! – assim dizendo aproximava-se dela. Juliette apertou o gatilho e o projétil acertou Antoine em pleno coração. Os homens que o acompanhavam não sabiam o que fazer. Aproveitando esse momento de indecisão a moça correu chorando em total descontrole. Havia uma ponte à alguns metros dali e foi dela que Juliette despediu-se da vida atirando-se na água gelada. A morte foi rápida e nada se pode fazer. Responsável direta por três mortes (a dela, do pai e da criança que trazia no ventre) causou ainda, indiretamente mais duas, a de Jean e da ama. Triste destino aguardava o espírito atormentado da moça. Depois de muito vagar por terrenos negros como a noite e conhecer as mazelas de incontáveis almas perdidas encontrou um grupo de entidades que a encaminhou para a expiação dos males que causara. Tornou-se então uma das falangeiras de Maria Padilha. Hoje em nossos terreiros atende pelo nome de Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga, onde, demonstrando uma educação esmerada e um carinho constante atende seus consulentes sempre com uma palavra de conforto e fé exibindo um sorriso cativante. Salve minha mãe de esquerda!
Maria Padilha, Rainha do Fogo
14 Jul 2012 7 comentários
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Nome que significa Rainha do Fogo, Maria Padilha já teve várias encarnações na terra, e a última delas foi em Ilhéus. Nesta sua última encarnação, ela era uma espanhola que veio para o Brasil morar em Ilhéus na Bahia e foi morta na porta de um cabaré. Todos os homens que ela teve, em cada uma das encarnações, num total de sete estão com ela na espiritualidade.
Entre mitos mais variantes que revelam alguma qualidade a característica especial desta mulher, o que servirá nos terreiros é o segundo nome que acompanhará o primeiro. Recebe outros apoios que alguns podem pensar que se trata de outra Pombo Gira. mas na realidade ela é: “Rainha dos Infernos”, “Rainha do Candomblé”, “Rainha das Marias”, “Rainha das Facas”, “Mulher de Lúcifer”, “Rainha da Malandragem”, “Rainha dos Ciganos”, etc. Em cada lugar lhe dão diferentes sobrenomes, que na realidade busca elogiar a entidade e transmitir uma maior intimidade.
Pombo Gira Maria Padilha é conhecida por sua eficiência e rapidez, e está entre as mais populares das Pombo Giras. Maria Padilha também descreve um certo tipo de mulher que exige respeito e cujo comportamento é real. Muitas lendas cresceram em cima da sua reputação de feiticeira, e dentro de cem anos, as bruxas na Espanha e Portugal, usavam seu nome e chamando seu espírito para ajuda-las em suas magias. Tem predileção – igual ao seu principal marido, Rei das 7 Liras (Lúcifer) – pelas navalhas e armas brancas em geral, especialmente aquelas que são afiadas e pequenas, onde se deve ter muita agilidade para não ser cortado. Ela gosta de luxo, de homens, de dinheiro, de jóias, dos jogos de azar, de bebidas finas, cigarros, de baile e de música. É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimentação. Seu porte é altivo, orgulhoso, majestoso, possui características das mulheres que não tem medo de nada. É muito requisitada para atrair amantes, abrir os caminhos, trazer o amor de volta, mas principalmente é muito temida por sua frieza e seu implacável poder na questão de demandas.