O Flamenco

 O Flamenco é a alma do povo andaluz. Foi criada a partir da fusão da cultura árabe (moura) , a cultura cigana de indianos, romenos e a cultura regional espanhola. Sua maior identificação está na música. O cante, o baile e a guitarra são seus maiores representativos. Mas Flamenco não é só cultura. É um estilo de vida, uma arte; é poesia, historia, vida de povos que agem pela emoção. Flamenco é a cultura das paixões. Ergue-se na dor e na felicidade. É associado ao amor intenso e a tristeza profunda. É alegria, burla (brincadeira), jondo (chorado), profundo, intenso e inspirador! Conheça!
 

O Flamenco é uma forma de expressão artística que reflecte a cultura da Andaluzia, região sul de Espanha, que ao longo dos anos se difundiu a nível mundial transformando-se, provavelmente, na mais conhecida expressão da cultura espanhola.

Podemos dizer que a Arte Flamenca é o resultado da mistura dos elementos das muitas culturas que atravessaram a Andaluzia durante séculos, que juntando-se às formas expressivas elaboradas e difundidas pelos ciganos, originaram uma arte popular, tecnicamente elaborada e com grande expressão emocional.
Porém, mais importante que sua história e as suas técnicas, o Flamenco é uma atitude, é a manifestação da alma de uma pessoa. Ser Flamenco é colocar para fora sentimentos e emoções trancadas e compartilhá-las através da música, do cante, do baile e dos “jáleos”. Flamenco é antes de tudo emoção, sentimento, expressão interior e prazer!.
O FLAMENCO
 

Vários estudiosos pesquisam a etimologia da palavra Flamenco, aplicada aos Bailes e Cantes da Andaluzia. As conclusões são variadas, sendo a palavra relacionada com Flamengos, povo cigano que chegou a Espanha originário da região da Flandres. Outra origem está no árabe felag mengu que significa camponeses nômades. Outros atestam que as próprias características de cantiga ardente e flamejante é que originaram a palavra.

O Flamenco é uma mistura de culturas, raças, cores, religiões, classes e costumes, com um forte apelo emocional que relata a condição humana de viver dos povos que o formaram.

As primeiras referências que se tem do Flamenco, mesmo que incertas, datam de cerca de 1760. O Flamenco nasceu na Andaluzia, Sul de Espanha, em locais como Sevilha, Jerez de La Frontera e Cádiz. Entre os vários povos que contribuíram para a formação da cultura e arte flamenca destacam-se:

  • EL PUEBLO ANDALUZ – os íberos que se localizavam na parte Sul de Espanha, também conhecidos como “El Pueblo Tartésico” que se estabeleceram no vale “Del Guadalquivir”, tantos anos ou mais que os descendentes das dinastias egípcias às margens do Nilo. Era um povo muito ligado aos ritmos espirituais, inexplicáveis, magias e fantasias.
 
  • LOS ÁRABES – dois povos invadiram Espanha, cerca do século VII. Ligados pela religião Mahometana, um desses povos eram procedentes da Ásia, região de Damasco e o outro eram os Bérberes, ou Mouros, provenientes do norte de África. Esses povos fundiram os seus costumes e os seus elementos culturais, música e coreografia principalmente, cuja descendência temperamental revela a união sanguínea Andaluzo-Moura. Como influência direta pode-se citar o Canto Flamenco, cujas características se assemelham muito às orações mahometanas.
 
  • LOS GITANOS – a palavra gitano, cigano, provém do espanhol antigo egiptano, egípcio. As primeiras migrações que se tem indício são do ano de 1447, na época do reinado de Aragón Alfonso V. Aproximadamente nesta data, uma importante tribo gitana entrou em Espanha por Barcelona, espalhando-se por toda península ibérica. A Espanha foi uma das primeiras nações a ditar disposições coercitivas contra os povos ciganos, sendo que a primeira disposição legal foi ditada pelos reis católicos em Medina del Campo, em 1499. Em 1528, novas disposições foram ditadas contra eles, referindo-se ao estilo de vida errante que levavam porque não tinham ofício para o próprio sustento, viviam de esmolas e de venda de objetos de metal, “enganavam” as pessoas com o uso da magia, além do contrabando e furto. Como condenação à vadiagem, eram açoitados, presos, escravizados e presos. Essa perseguição continuou até 1783, quando Carlos III lhes concedeu os mesmos privilégios dos demais habitantes. Quando os ciganos se estabeleceram na Andaluzia passaram a exercer ofícios como ferreiros e comerciantes de roupas e utensílios.

 

 

O Flamenco é essa mistura de raças e culturas. Nas suas influências também se encontra o povo judeu e o indiano. Como bem define o grande poeta e escritor Garcia Lorca, o Flamenco é uma das maiores invenções do povo espanhol. As canções trágicas, tristes e emocionantes refletem o sofrimento do povo cigano.

“Ser Flamengo é ir em frente onde os outros param, é derrubar barreiras onde os prudentes medram(…)É comungar a humildade com o rei eterno de cada um”    ArthurTávola

Cigana Dalila

*Em passagem por este plano, a Cigana Dalila gozou de vida breve, partiu por volta de seus 19 ou 20 anos. Desde criança a meiga Cigana havia sido prometida para um cigano conforme os costumes de seu povo, entretanto, pouco antes de seu casamento, foi picada por uma cobra próximo ao seu acampamento e agonizou por longas horas. Ao ser encontrada desfalecida, todo seu clã se reuniu para tentar salvá-la, mas não houve kakus (feiticeiros), benzeduras ou rezas que conseguissem mudar tão triste sina, era sua hora.

 

 

Quem trabalha com esta Cigana sabe o valor da luz, alegria e espontaneidade que a mesma transmite. É leve, gosta de dançar e saltitar quando incorporada, apresenta-se com ares juvenil. Tem preferência por cores suaves, mas não dispensa o colorido. É faceira, porém deixa os médiuns à vontade quanto aos acessórios e vestimentas. Não costuma pedir bebida, contudo, se a oferecem vinho, ela toma com prazer. Ao ser solicitada para fazer magias a Cigana Dalila chama pelo espírito de seu amor para que trabalhem juntos. 
 
Diz gostar de ler cartas, mãos e de tocar banjo para harmonizar os ambientes em que ela aporta. Em consulta, ensina banhos de limpeza espiritual e dá dicas de simpatias para o amor, apregoando a fé em Santa Sara Kali. Quando ouvida a respeito de sua encarnação passada, Dalila conta que seu prometido fazia-lhe serenatas ao som de violinos à beira de uma fogueira, e em retribuição ela mostrava a banjoísta que era, dedilhando suavemente pelas cordas de seu instrumento que somente ela tocava em todo seu grupo.
 
As cores de velas da Cigana Dalila podem ser rosa ou amarela. Satisfaz-se quando recebe baralhos em oferendas ou alguma peça de valor afetivo da pessoa que está pedindo seu auxílio. Da mesma forma fica contente quando ganha fitas coloridas e pandeiro em forma de lua.
 
Valéria Fernandes
Pintura Cigana de Egron Lundgren

 

Cigano Valter

Este cigano tem sido erroneamente propagado com outros nomes, e em seu afável contato comigo, manifestou sua profunda tristeza e decepção com aqueles que o chamam de Igor, Pablo, Vladimir e outras falsas designações. Na verdade seu nome é Valter e é um doce cigano que gosta de fazer suas magias em noite de Lua Cheia. Em seus trabalhos espirituais o Cigano Valter abre os caminhos fechados de quem o solicita; limpa a aura de toda inveja e mal-olhado, carregando de boas energias e dando sua proteção a quem por ele clamar. No campo amoroso, este Cigano faz magias com ervas para unir casais que se separaram e devem continuar juntos. Também defende as pessoas que são humilhadas e ofendidas injustamente nesta passagem pela Terra.

 

No caso de duas pessoas ou mais se juntarem para lhe render homenagens, o resultado de seu empenho é ainda mais rápido. Valter é um cigano sensível e amoroso, mas fica uma fera quando seus protegidos são caluniados. Jamais deve ser solicitado sem que haja uma causa verdadeira para ele defender. Recebe as suas oferendas tanto por águas como por terra, que podem ser entregues nos mares, rios, bosques ou jardins. Para agradá-lo deve-se ofertar rosas e velas vermelhas, vinho branco e frutas diversas, além de um par de alianças douradas quando seu encantamento for pro amor. Nunca se deve acender vela para o Cigano Valter dentro de casa, nunca! Em casos de urgência a vela pode ser acesa no quintal, na varanda ou no jardim, mas com a condição que tenha uma rosa vermelha à esquerda e um copo ou uma taça de água potável à direita.

Cigana do Egito/Cigana Flor de Lótus

Cigana Flor de Lótus ou Cigana do Egito, em todas as suas incorporações, usa em seu braço esquerdo, uma pulseira e um bracelete de ouro.
Veste-se com roupas de tecidos transparentes, túnicas e saias separadamente, de pouco falar e de muito exigir.
Reza a sua Lenda, que foi abandonada por sua mãe, e que viveu até os seus 16 anos de idade, como escrava de um Faraó.
Desencarnou com uma doença grave de pulmão, hoje conhecidamente como Tuberculose.
Quanto aos seus restos mortais, o que impressionou, foi o fato, de que apesar de ser sepultada como simples escrava, seus olhos e seu útero, permaneciam intactos.
É a Cigana que cura os problemas de visão, e dá fertilidade as mulheres estéreis.
Viveu na era Antes de Cristo.
Fato que faz com que ela tenha alguma rejeição em relação ao Cristianismo.
 
Descobrir o Segredo da Flor de Lótus é antes de tudo, não ter medo do que terá que enfrentar.
A Flor de Lótus é a certeza que precisamos de tudo e de todos para existirmos, ou seja, por mais que pareçamos independentes, só existimos porque as coisas em nossa volta existem.
Algumas vezes sozinho, mas nunca solitários. Outras vezes triste, mas nunca deprimidos.”
Tantas vezes quis
Tantas vezes pedi
De nada adiantou
Precisei olhar para cima
Acreditarem mim
E eu sorri para o sol
Para a lua
Bem disse a chuva
Bem disse aos ventos
Areias escaldantes
Queimaram meus pés
E assim aprendi
Que sou filha do tempo, do Faraó, de Alá, de Jeová…
E assim aprendi
A Vida é minha mãe
Mas é a Morte
Que me consola e me ampara
Quando minha mãe se despede…
Estar vivo é a grande certeza de que o
Universo conspira a nosso favor

Cigana Menina

Esta entidade chegou ao mundo astral nos seus 14 anos de idade vítima de assassinato seguido de estupro. Foi socorrida de imediato pelo povo do oriente, grande mestres e andarilhos do mundo astral… onde segue com sua caravana e seguidoras de sua entidade.

Cigana menina, gosta muito de trabalhar para o amor e sedução, pois como não teve tempo de conhecer o seu prometido quando vivia na terra, gosta de ajudar as pessoas para que tenham sorte no amor. Tem muita simpatia por ambos os sexos e esta sempre dando mensagens de amor e carinho.

 

 

Suas médiuns são sempre mulheres jovens e bonitas. Como antes do seu desencarne ela tinha cortado os cabelos por uma promessa de sua mãe a Santa Sara Khali, quase sempre seus cavalos escolhidos ou aparelhos… tem o cabelo comprido e sedoso onde ela passa o tempo todo a acariciar.

 

 

Adora receber presentes nas Campinas e estradas de chão, maquiagens e adornos são os preferidos, mais não esqueça das rosas vermelhas e do vinho branco suave, perfumes e velas vermelhas e cor-de-rosas.

 

“La de baixo da mangueira quem canta é o sabiá…

Lá de baixo da mangueira quem canta é o sabiá!

Mais seu canto é tão formoso que resisto a acreditar…

Acredito ser a ciganinha porque seus guizos ouço a tocar …

Vem cantar nos meus ouvidos como o canto do sabiá,

Vem cantar cigana menina a todo pranto vem cantar…

O assobiar desta bela jovem enfeitiça a quem escutar…

Ela é a bela ciganinha..

Que vem toda proza a prozear… “

Cigano Wladimir

Este cigano é “do mundo”!
É protetor do trabalho, consola e ajuda à todos os que estão momentaneamente sem ele. Cigano imperioso e trabalhador, gosta das coisas boas da vida, que depois do trabalho seriam: mulher, mulher e mulher, depois música e comida.
Responsável, falante e guerreiro, os que não tem medo de lutar podem ir até ele.
Vladimir, um cigano que tem seu nome respeitado e talvez ao lado de Santa Sarah seja a entidade mais cultuada dentro da chamada Linha do Oriente ou Povo do Oriente. Por essa sua popularidade e mais que tudo como gratidão ao seu bondoso espírito, sempre protetor e amigo em nossa vida pessoal, é que resolvi falar um pouco dele aqui.

Escolhi duas das histórias mais correntes:

A primeira versão, muito antiga por sinal e que corre de boca em boca, diz que Vladimir apaixonou-se perdidamente por uma cigana de sua tribo, só que esse sentimento pela cigana também surgiu dentro do coração de seu irmão.
Para decidir a questão, o irmão de Vladimir propôs um duelo em que ambos disputariam a amada. Para não fugir à tradição, conta-se que Vladimir aceitou a proposta e dirigiu-se então para o tal duelo, porém, na hora exata de desfechar o golpe, percebeu ele que levaria vantagem, só que essa vantagem significava a possibilidade de matar o próprio irmão.
Aí então, Vladimir tem uma reação totalmente surpreendente para todos que assistiam o duelo, ou seja, não agrediu, ao contrário, não esboçou qualquer reação e assim então, acabou sendo apunhalado pelo próprio irmão, caindo morto em seguida.
A continuidade da história tem um desfecho um tanto quanto trágico, pois a tal cigana vendo seu amado caído no chão, morto com um punhal cravado no peito, caiu por sobre seu corpo e chorando retirou o punhal do peito de Vladimir, cravando-o em seguida em seu próprio peito, ato este que culminou também em sua morte.

A outra versão, conta-se que o Cigano Vladimir era de origem eslava (Indo-Européia) e que se apaixonou perdidamente por Esmeralda, que assim a chamavam por gostar de trabalhar em magia de cura com pedras verdes (a pedra Esmeralda é verde e também utilizada em cura!) e também gostava desta pedra para o seu uso pessoal, por isto esse apelido; mas ela se casou com outro, pois já estava prometida.
Vladimir se desesperou e começou a beber descontroladamente. Mais tarde, um pouco conformado, mas ainda apaixonado, passa a trabalhar com magia para unir os casais. Muitos anos depois, com eles já um pouco idosos, eles se unem, mas ficam pouco tempo juntos, pois ela logo morre.
Seja de que forma for queridos leitores, o fato é que Vladimir é hoje uma entidade de muita luz, sempre evocada com muito carinho por todos os amantes da Cultura Cigana, principalmente por aqueles que mantém algum tipo de ligação, com as gloriosas Entidades Espirituais Ciganas, hoje brilhando como pontos luminosos, na Estrada de Estrelas do Espaço Infinito.

Era moreno-claro, de olhos e cabelos pretos.

SUAS ROUPAS

Wladimir usava roupas diferentes, conforme a fase da lua. O detalhe constante nessas roupas é que a calça era sempre da mesma cor do colete de veludo que ele vestia por cima da blusa.

Na Lua cheia, ele usava blusão vermelho com colete e calça azul-turquesa;

na Lua crescente, blusão branco, colete e calça brancos rebordados com fios de prata;

na Lua nova, blusão azul-turquesa, colete e calça vermelhos rebordados com pedras coloridas;

na Lua minguante, blusão branco de mangas compridas, colete e calça marrons e uma faixa branca na cintura. Em todas as fases da Lua ele usava na cintura uma faixa branca, na qual trazia o seu punhal de prata.

 

SEUS ADEREÇOS

O lenço que Wladimir usava na cabeça era de cores diferentes, conforme a fase da Lua. Era azul na Lua cheia, branco no quarto crescente e vermelho na Lua nova.
Na orelha esquerda ele trazia uma argola de ouro e, no pescoço, um cordão de ouro com um medalhão antigo de seu clã.

SUA MAGIA

O Cigano Wladimir aprendeu a tocar violino com seis anos de idade.
Hoje, quando chega à Terra como espírito, pede logo o seu violino e começa a tocar antigas músicas eslavas.
Um detalhe importante: quem tem esse Cigano na aura não precisa saber tocar violino, pois, ao chegar, ele traz a essência da música. Esse é o mistério de Wladimir.

Amante Cigano

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